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Os mais belos poemas escritos por autoras brasileiras

Os 11 mais belos poemas escritos por autoras brasileiras

Rebeca Fuks, Doutora em Estudos da Cultura
https://www.culturagenial.com/

A literatura brasileira possui um farto manancial de lindíssimos poemas, muitos deles escritos por mulheres.

Infelizmente a crítica literária costuma deixar de lado grandes escritoras que acabam passando despercebidas pelo grande público.

Numa tentativa de mitigar essa grande falha, reunimos aqui alguns dos mais belos poemas brasileiros de autoria feminina.

1. Retrato, de Cecília Meireles

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?

Os versos acima são de autoria da escritora carioca Cecília Meireles (1901-1964). O poema traça uma espécie de autorretrato, enfocando principalmente na questão da transitoriedade da vida.

A poética de Cecília se caracteriza por uma linguagem simples, marcada pela oralidade, como se pode observar em “Retrato”. Ao longo dos apenas doze versos podemos observar como o presente é marcado pela solidão, pela tristeza, pela melancolia, pelo cansaço e pelas marcas da passagem do tempo.

O mote da poesia parece ser o questionamento do que aconteceu no passado para justificar a condição presente. Nos versos ecoam as duras perguntas: onde o percurso deu errado? Quem sou eu agora?

“Retrato” é dos poemas mais celebrados da literatura brasileira e encontra-se recitado:

2. Aninha e suas pedras, de Cora Coralina

Não te deixes destruir…
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.

Cora Coralina (1889-1985) foi o pseudônimo escolhido pela autora goiana Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas ao ingressar no universo da literatura brasileira. Essa entrada tardia – seu primeiro livro foi publicado aos 75 anos de idade – de nada compromete a sua produção que foi prolixa, consistente e garantiu a autora um lugar entre os grandes escritores da literatura brasileira.

Encontramos ao longo dos versos e contos de Cora Coralina um tom da linguagem do interior, uma escrita marcada pela oralidade e pela informalidade. É como se o eu-lírico (ou narrador) se aproximasse do leitor e contasse um segredo ao pé do ouvido. Via de regra, as palavras giram em torno de eventos banais, do cotidiano doméstico e de sentimentos vulgares.

“Aninha e suas pedras” se dirige ao leitor com a oferta de um conselho de como se deve conduzir a vida. É como se alguém, repleto de experiência, se voltasse para os mais jovens e confessasse aquilo que realmente tem valor.

É sublinhado, ao longo dos versos, a necessidade de recriar a vida e de manter-se permanentemente em estado de profunda reflexão e aprendizado.

O título do poema faz da pedra uma metáfora para as dificuldades da vida, a escolha certamente alude ao famoso poema No meio do caminho, de autoria de Carlos Drummond de Andrade, publicado anos antes.

Confira “Aninha e suas pedras” recitado:

3. Casamento, de Adélia Prado

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.

O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.

A mineira Adélia Prado (nascida em 1935), é outro grande nome da literatura brasileira. O poema acima, um dos seus mais consagrados, foi publicado pela primeira vez no ano de 1981, no livro Terra de Santa Cruz.

Os versos transbordam extrema cumplicidade entre os dois protagonistas da história: marido e mulher. O título (“Casamento”) nos faz crer que se trata de uma relação antiga e estável.

A beleza é que vemos, ao longo dos versos, como se constrói efetivamente um casamento, com base na partilha dos pequenos momentos e dos sacrifícios a dois. Quando o marido chega em casa depois da pescaria, a mulher se levanta – por mais tarde que seja – para estar ao seu lado e ouvir as suas histórias.

Depois dos afazeres ficarem concluídos, os dois voltam, juntos, para a cama. Os últimos versos se configuram quase como uma viagem no tempo: eles voltam ao princípio do casamento, a juventude, e revivem a sensação de união.

4. Poemas aos homens do nosso tempo, de Hilda Hilst

Enquanto faço o verso, tu decerto vives.
Trabalhas tua riqueza, e eu trabalho o sangue.
Dirás que sangue é o não teres teu ouro
E o poeta te diz: compra o teu tempo.

Contempla o teu viver que corre, escuta
O teu ouro de dentro. É outro o amarelo que te falo.
Enquanto faço o verso, tu que não me lês
Sorris, se do meu verso ardente alguém te fala.

O ser poeta te sabe a ornamento, desconversas:
“Meu precioso tempo não pode ser perdido com os poetas”.
Irmão do meu momento: quando eu morrer
Uma coisa infinita também morre. É difícil dizê-lo:
MORRE O AMOR DE UM POETA.

E isso é tanto, que o teu ouro não compra,
E tão raro, que o mínimo pedaço, de tão vasto
Não cabe no meu canto.

A polêmica autora paulista Hilda Hilst (1930-2004) ficou famosa pelos seus versos eróticos e apaixonados. O poema escolhido acima, no entanto, não é um exemplar da lírica amorosa.

Publicado em 1974 no livro Jubilo Memória Noviciado da Paixão, num período de plena ditadura militar, “Poemas aos homens do nosso tempo” se debruça sobre o próprio ofício da escrita e sobre a condição do poeta.

Os versos se constroem com a oposição entre aquele que se dedica à literatura e aquele que escolheu ter uma vida não dedicada às palavras.

Os dois dialogam sobre as dores e as delícias de cada opção até que, num gesto de touche finale, o eu-lírico exprime que a sua condição o faz eterno, ao avesso dos outros, que colecionam coisas compráveis e perecíveis.

5. Fagulha, de Ana Cristina César

Abri curiosa
o céu.
Assim, afastando de leve as cortinas.

Eu queria entrar,
coração ante coração,
inteiriça
ou pelo menos mover-me um pouco,
com aquela parcimônia que caracterizava
as agitações me chamando

Eu queria até mesmo
saber ver,
e num movimento redondo
como as ondas
que me circundavam, invisíveis,
abraçar com as retinas
cada pedacinho de matéria viva.

Eu queria
(só)
perceber o invislumbrável
no levíssimo que sobrevoava.

Eu queria
apanhar uma braçada
do infinito em luz que a mim se misturava.

Eu queria
captar o impercebido
nos momentos mínimos do espaço
nu e cheio

Eu queria
ao menos manter descerradas as cortinas
na impossibilidade de tangê-las

Eu não sabia
que virar pelo avesso
era uma experiência mortal.

Ana Cristina César (1952-1983) foi uma das grandes promessas da literatura brasileira que partiu do mundo precocemente, aos apenas trinta e um anos de idade, cometendo suicídio após um longo histórico depressivo. A jovem autora carioca, no entanto, deixou um riquíssimo legado que desde então jamais foi esquecido.

O poema “Fagulha” foi publicado pela primeira vez no livro em A teus pés, lançado em 1982. Sua lírica é marcada pela intensidade, pela originalidade e pela paixão. Profundamente poético, “Fagulha” se inicia com uma imagem fortíssima: é como se o eu-lírico fosse capaz de ver – e quem sabe entrar – no céu.

A curiosidade e o desejo de descoberta daquilo que está além faz com que o eu-lírico perceba que há um custo alto a ser cobrado.

6. Amanhecimento, de Elisa Lucinda

De tanta noite que dormi contigo
no sono acordado dos amores
de tudo que desembocamos em amanhecimento
a aurora acabou por virar processo.
Mesmo agora
quando nossos poentes se acumulam
quando nossos destinos se torturam
no acaso ocaso das escolhas
as ternas folhas roçam
a dura parede.
nossa sede se esconde
atrás do tronco da árvore
e geme muda de modo a
só nós ouvirmos.
Vai assim seguindo o desfile das tentativas de nãos
o pio de todas as asneiras
todas as besteiras se acumulam em vão ao pé da montanha
para um dia partirem em revoada.
Ainda que nos anoiteça
tem manhã nessa invernada
Violões, canções, invenções de alvorada…
Ninguém repara,
nossa noite está acostumada.

Elisa Lucinda (nascida no Espírito Santo em 1958) investe na criação de uma lírica voltada para o cotidiano, para os afetos e para as pequenas situações do dia-a-dia.

A linguagem empregada é informal e baseada na oralidade, procurando derrubar qualquer possível barreira entre o poema e o leitor.

No poema acima vemos descrita a relação de um casal que já se encontra unido há aparentemente muito tempo. A comunhão e a partilha se tornou quase um hábito na vida dos dois. Os versos, no entanto, se ocupam de um momento de crise do casal, mas que o eu-lírico acredita que será plenamente superado.

7. Rabo de baleia, de Alice Sant’Anna

um enorme rabo de baleia
cruzaria a sala nesse momento
sem barulho algum o bicho
afundaria nas tábuas corridas
e sumiria sem que percebêssemos
no sofá a falta de assunto
o que eu queria mas não te conto
é abraçar a baleia mergulhar com ela
sinto um tédio pavoroso desses dias
de água parada acumulando mosquito
apesar da agitação dos dias
da exaustão dos dias
o corpo que chega exausto em casa
com a mão esticada em busca
de um copo d’água
a urgência de seguir para uma terça
ou quarta boia e a vontade
é de abraçar um enorme
rabo de baleia seguir com ela

A jovem autora carioca Alice Sant’Anna (nascida em 1988) já escreveu algumas pérolas capazes de figurar entre os grandes poemas da literatura brasileira.

“Rabo de baleia” provavelmente é o seu maior sucesso editorial em termos de público e crítica, foi um dos trabalhos que deu a autora uma maior visibilidade.

O poema se caracteriza por ser profundamente imagético, mesclando situações da vida real com a fantasia do eu-lírico, que gostaria de vencer o tédio cotidiano com uma boa dose de fantasia.

A imaginação inesperada diante do dia-a-dia monótono é a engrenagem que faz mover o breve e singelo poema de Alice.

8. Tem os que passam, de Alice Ruiz

Tem os que passam
e tudo se passa
com passos já passados

tem os que partem
da pedra ao vidro
deixam tudo partido

e tem, ainda bem,
os que deixam
a vaga impressão
de ter ficado

Alice Ruiz nasceu em Curitiba em 1946 e casou-se com Paulo Leminski, com quem teve três filhas. Foi o escritor que descobriu que Alice escrevia haicais e a estimulou a continuar produzindo poesia. Além dos haikais, a autora também escreve breves poemas, caso dos versos acima, inseridos no livro Dois em um (2008).

Em “Tem os que passam”, Alice fala da transitoriedade da vida, da passagem do tempo e dos tipos de pessoa que cruzaram o seu destino: as que passam, as que partem e as que ficam cristalizadas na memória.

Na primeira parte do poema ficamos conhecendo aquelas figuras passageiras, que passam por nós e não deixam grandes marcas. No segundo trecho são lembrados aqueles que nos impactam, não necessariamente no bom sentido: os que vão embora e deixam feridas. No final do poema, que se encerra de maneira solar, descobrimos aqueles que, mesmo obrigados a partir, deixam um pedaço deles dentro de nós.

9. Votos de submissão, de Fernanda Young

Caso você queira posso passar seu terno, aquele que você não usa por estar amarrotado.
Costuro as suas meias para o longo inverno…
Use capa de chuva, não quero ter você molhado.
Se de noite fizer aquele tão esperado frio poderei cobrir-lhe com o meu corpo inteiro.
E verás como minha a minha pele de algodão macio, agora quente, será fresca quando janeiro.
Nos meses de outono eu varro a sua varanda, para deitarmos debaixo de todos os planetas.
O meu cheiro te acolherá com toques de lavanda – Em mim há outras mulheres e algumas ninfetas – Depois plantarei para ti margaridas da primavera e aí no meu corpo somente você e leves vestidos, para serem tirados pelo total desejo de quimera.
Os meus desejos irei ver nos teus olhos refletidos.
Mas quando for a hora de me calar e ir embora sei que, sofrendo, deixarei você longe de mim.
Não me envergonharia de pedir ao seu amor esmola, mas não quero que o meu verão resseque o seu jardim.
(Nem vou deixar – mesmo querendo – nenhuma fotografia.
Só o frio, os planetas, as ninfetas e toda a minha poesia).

Conhecida principalmente pelos seus versos sentimentais e autobiográficos, a poetisa, romancista e roteirista Fernanda Young é uma jovem escritora nascida em 1970 em Niterói (Rio de Janeiro).

“Votos de submissão” é um belo poema que fala sobre amor e sobre a entrega ao amado. O eu-lírico apaixonado se oferece de corpo e alma aquele que escolheu para dedicar a sua devoção. Vemos, ao longo dos pequenos gestos, como o afeto é transmitido através do cotidiano partilhado.

Nos últimos versos do poema, no entanto, aquela que ama já antecipa o dia que irá embora e pede que a sua decisão da partida seja tão respeitada quanto foi a sua vocação para a entrega.

O poema encontra-se recitado pela própria autora e está disponível online:

10. O dia inteiro, de Claudia Roquette-Pinto

O dia inteiro perseguindo uma ideia:
vagalumes tontos contra a teia
das especulações, e nenhuma
floração, nem ao menos
um botão incipiente
no recorte da janela
empresta foco ao hipotético jardim.
Longe daqui, de mim
(mais para dentro)
desço no poço de silêncio
que em gerúndio vara madrugadas
ora branco (como lábios de espanto)
ora negro (como cego, como
medo atado à garganta)
segura apenas por um fio, frágil e físsil,
ínfimo ao infinito,
mínimo onde o superlativo esbarra
e é tudo de que disponho
até dispensar o sonho de um chão provável
até que meus pés se cravem
no rosto desta última flor.

A poética de Claudia Roquette-Pinto é marcada pela forte presença da natureza e dos pequenos animais. A carioca, nascida em 1963, é poeta – com cinco livros publicados -, tradutora literária e sempre se interessou pelas miudezas da vida.

Muitos dos seus versos são dedicados às flores e a presença dos animais do jardim assim como as questões de gênero e as preocupações com a construção do próprio poema.

“O dia inteiro” contempla versos que representam bastante bem a lírica de Claudia. Por um lado, o poema demonstra grande preocupação com a sua própria linguagem, descortinando o processo de criação por trás dos versos, por outro lado, eles trazem para o leitor o universo da beleza da pequena natureza (a flor, o vagalume, o jardim).

11. Eu-Mulher, de Conceição Evaristo

Uma gota de leite
me escorre entre os seios.
Uma mancha de sangue
me enfeita entre as pernas.
Meia palavra mordida
me foge da boca.
Vagos desejos insinuam esperanças.
Eu-mulher em rios vermelhos
inauguro a vida.
Em baixa voz
violento os tímpanos do mundo.
Antevejo.
Antecipo.
Antes-vivo
Antes – agora – o que há de vir.
Eu fêmea-matriz.
Eu força-motriz.
Eu-mulher
abrigo da semente
moto-contínuo
do mundo.

Muito conhecida no universo da literatura afro-brasileira, Conceição Evaristo, nascida em 1946 em Minas Gerais, desponta como um dos grandes nomes dessa lista.

As criações da poeta andam muito as voltas das questões do gênero e da afirmação social e racial principalmente a partir da sua experiência como mulher negra e oriunda de uma camada social menos favorecida.

Em “Eu-Mulher”, publicado no livro Poemas da recordação e outros movimentos (2008), vemos uma amostra da poesia engajada da autora, voltada para a valorização e para a afirmação do corpo da mulher em todas as suas particularidades. Extremamente forte e poderoso, os versos militam a favor da potencialidade feminina.

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