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A Era de Aquário

A Era de Aquário pela Astronomia (o céu real)

(em desenvolvimento)

Paulo Araújo Duarte. Professor de Astronomia do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina.   Maio/1999

Entende-se por Era uma série de anos civis que decorrem desde um acontecimento importante que é tomado como ponto de referência. Como exemplos temos a Era Cristã, Era Cenozóica, Era Bizantina, Era dos Gregos, além de muitas outras. No caso da Astronomia, quando falamos em Era Equinocial ou Zodiacal queremos dizer o período em que o Ponto Vernal(*) passa por uma constelação ou por um signo do zodíaco. No momento, o Ponto Vernal está situado tanto no signo como na constelação de Peixes, razão pela qual dizemos que estamos na Era de Peixes. Mas paira no ar uma certa dúvida com relação ao início da próxima Era, a de Aquário, pois alguns místicos afirmam que irá começar na entrada do novo milênio, ou seja, em 2001. E o pior é quando dizem que será no ano 2000, como se o novo milênio tivesse início neste ano. Por outro lado, há também aqueles que afirmam com precisão o início da Era de Aquário em 4 de fevereiro de 1962, além de outras datas. Cada qual tem suas razões, porém sem nenhuma sustentação científica razoável. Mas para a Astronomia uma Era é determinada, conforme já dissemos, pela passagem do Ponto Vernal ao longo da região ocupada por um signo ou uma constelação zodiacal, em razão de um deslocamento do eixo da Terra que se faz na proporção de mais ou menos um grau a cada 70 anos, no sentido retrógrado (leste para oeste). E se considerarmos que as constelações têm tamanhos diferentes e ocupam, por consequência, espaços variados na esfera celeste, e que os signos, por sua vez, ocupam espaços regulares de 30 graus, podemos deduzir que o tempo que o Ponto Vernal demora nos signos é sempre o mesmo em todos eles, o que não ocorre com as constelações, especialmente agora que a União Astronômica Internacional conseguiu definir com precisão os limites das constelações. Assim sendo, a Era de Aquário, conforme podemos ver na tabela a seguir, só irá começar no ano 2150 (se considerarmos a passagem do Ponto Vernal pelo signo de Aquário) ou então em 2620 (se considerarmos a passagem do Ponto Vernal pela constelação de Aquário).

TABELA REFERENTE AO INÍCIO DAS ERAS

TABELA REFERENTE AO INÍCIO DAS ERAS
SIGNO EM QUE ESTÁ O PONTO VERNAL INÍCIO DA ERA CONSTELAÇÃO EM QUE ESTÁ O PONTO VERNAL real INÍCIO DA ERA
Carneiro 2150 a.C. Carneiro 1820 a.C.
Peixes 0 Peixes 55 a.C.
Aquário 2150 Aquário 2620
Capricórnio 4300 Capricórnio 4330
Sagitário 6450 Sagitário 6320
Ofiúco(**) Não existe este signo Ofiúco 8730
Escorpião 8600 Escorpião 10050
Libra 10750 Libra 10530
Virgem 12900 Virgem 12180
Leão 15050 Leão 15330
Câncer 17200 Câncer 17900
Gêmeos 19350 Gêmeos 19340
Touro 21500 Touro 21330

Tabela adaptada do Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, Ronaldo R. de F. Mourão, editora Nova Fronteira, 2. edição, 1995.

(*)  Ponto da esfera celeste que é definido pelo cruzamento de três linhas: Equador Celeste, Meridiano Zero e Eclíptica, cruzado pelo Sol na sua passagem equinocial do hemisfério sul para o norte e que marca o início da primavera para este hemisfério. Também chamado de Ponto Gama.
(**) Constelação zodiacal criada pela União Astronômica Internacional a partir de 1927. O Sol atravessa esta constelação de 28 de novembro a 17 de dezembro.

Equinócio de Outono –

Fonte: Irineu Gomes Varella * / http://www.uranometrianova.pro.br/

O equinócio de outono para o hemisfério sul da Terra ( de primavera para o hemisfério norte ) ocorre quando da passagem do Sol pelo ponto Vernal  ou ponto Gama. A data e o horário da passagem variam ligeiramente de ano para ano. O calendário gregoriano, utilizado em quase todos os países, está organizado de maneira a manter, aproximadamente nas mesmas datas, as ocorrências dos equinócios e solstícios. O equinócio de outono (primavera) geralmente acontece nos dias 19, 20 ou 21 de março.
Em 1991, pelo Tempo Legal do Distrito Federal (TDF), tivemos a última ocorrência do início do outono em 21 de março. Durante todo o século XXI, o início do outono irá se alternar entre os dias 20 e 19 de março. Em 2028 teremos a primeira ocorrência em 19 de março. 

Quando o Sol, em seu movimento aparente anual no céu, passa pelo ponto Vernal, ele cruza o Equador Celeste dirigindo-se do hemisfério celeste sul para o hemisfério celeste norte. Nessa ocasião ele se encontra localizado na constelação de Pisces (os Peixes). Veja mais sobre o movimento aparente do Sol pela Eclíptica e sua passagem pelas 13 constelações zodiacais.
Devido ao movimento de precessão dos equinócios, o ponto Vernal desloca-se lentamente pela Eclíptica, com a velocidade angular de 50,25″ por ano, em sentido retrógrado, isto é, em sentido contrário ao movimento aparente anual do Sol. Para completar uma volta, pela Eclíptica, o ponto Vernal emprega 25.790 anos.

 

É muito comum encontrarmos a citação que estamos “entrando na Era de Aquário” – uma alusão à mudança de posição do ponto Vernal da constelação de Pisces para a de Aquarius. A afirmação não é correta. O ponto Vernal adentrará na constelação de Aquarius somente no ano 2597 e em Capricornus no ano 4312 !
A Terra e o Sol no dia do Equinócio

Quando ocorre um equinócio, a linha que une o centro da Terra ao centro do Sol, cruza o equador terrestre, ou seja, o Sol fica a pino (no zênite, em termos astronômicos ) nos locais situados no equador ( latitude 0º ). A cidade de Macapá-AP, situada no equador, tem o Sol a pino nesse dia. Em outras palavras, no instante de um equinócio, o segmento de reta que une o centro da Terra ao centro do Sol é perpendicular ao eixo de rotação da Terra.

What happens during the autumnal equinox?

Fig. 2 – O Equinócio de Outono: a linha que une o centro da Terra ao centro do Sol, cruza o equador terrestre.
No dia de equinócio o Sol nasce no ponto cardeal leste e seu ocaso se dá no ponto cardeal oeste. O dia tem a duração de 12 horas e a noite também (*). As figuras abaixo ilustram a trajetória diurna do Sol para a latitude de 0º ( equador terrestre ) e para as localidades situadas ao sul do equador, no dia de equinócio.
Fig. 3 – Trajetória diurna do Sol no Equador
Fig. 4 – Trajetória diurna do Sol em uma latitude 

Nos locais de latitude , o plano da trajetória diurna do Sol forma um ângulo de 90º – , com o plano do horizonte. Assim, em São Paulo (= 23º 32′ S ) o plano da trajetória diurna do Sol formará um ângulo de 90º – 23º 32′ = 66º 28′ com o plano do horizonte. Em Porto Alegre (= 30º 02′ S ), o ângulo será de 59º 58′.
Na passagem meridiana, o Sol atinge a máxima altura sobre o horizonte. No locais situados no equador, ele passa pelo zênite ( altura igual a 90º ). Nos locais situados ao sul do equador e com latitude , a máxima altura do Sol será h = 90º –  e o Sol passará ao norte do zênite.
(*) Não estão sendo considerados os efeitos da refração, da equação do tempo e, também, do movimento do Sol em ascensão reta e em declinação durante o intervalo de tempo entre a ocorrência do equinócio e o instante do nascer e do ocaso.
O Movimento Diurno do Sol nos pólos no dia do Equinócio de Outono
Nos pólos terrestres, como o Equador Celeste coincide com o horizonte, o Sol descreverá o próprio horizonte no sentido anti-horário para um observador em pé no pólo sul da Terra (Fig.5) e no sentido horário para um observador no pólo norte.
Fig. 5 – Trajetória diurna do Sol no pólo terrestre sul.
Fig. 6 – Sombra projetada por uma haste ao meio-dia.

Sombra projetada ao meio-dia na data do Equinócio
Uma haste vertical (Fig.6) de comprimento L, fincada no chão, projetará ao meio-dia, na data do equinócio, em um local de latitude , uma sombra, no solo, de comprimento S dado por:

S = L . tan

Esse é o comprimento mínimo da sombra da haste durante o dia. Nas localidades situadas no equador terrestre, na passagem meridiana do Sol (ao meio-dia) não há sombra, pelo fato do Sol encontrar-se a pino.

Um tempo de renascimento e renovação

A Era de Aquário prenuncia uma mudança que vai além das inovações tecnológicas e médicas e exige uma melhor forma de trabalharmos uns com os outros e um maior senso de espírito comunitário. “Quando nos encontramos em um período de incerteza, volatilidade, medo e morte, como agora, é assustador”, diz Kelly. “Além disso, você tem todas aquelas coisas que vêm junto com o medo: bodes expiatórios, paranoia, delírio e acusações. Temos que reconhecer e lidar com esse impulso.”

Acredita-se que o signo de Aquário seja caracterizado pela inteligência e pela união em um esforço para criar algo para o bem comum. “Precisamos nos tornar pensadores críticos”, continua Kelly. “Precisamos ser cuidadosos e conscientes sobre como estamos nos apresentando às nossas comunidades. Sei que há muita tensão em torno das responsabilidades individuais e coletivas neste momento.

Aquário tem tudo a ver com responsabilidade coletiva . Esperamos aprender a fazer parte de um sistema maior, em vez de nos preocuparmos apenas com nós mesmos e com nossa família. Esta é uma das lições mais importantes que precisamos aprender se quisermos estar em uma situação muito melhor ao sair desta era do que quando entramos nela.

………
Estes são os cálculos mais próximos tendo como referência nenhuma mudança do eixo da Terra….

ANEXO:

Se desejar entender com mais detalhes, leia a seguir:

Uma era astrológica é um período de tempo que, de acordo com a astrologia , acompanha grandes mudanças no desenvolvimento da sociedade humana, cultura, história e política. Existem doze eras astrológicas correspondentes aos doze signos zodiacais na astrologia ocidental . Um ciclo das doze eras astrológicas é chamado de Grande Ano , compreendendo 25.772 anos solares, ao final do qual outro ciclo se inicia. 

Alguns astrólogos acreditam que durante uma determinada era, alguns eventos são causados direta ou indiretamente influenciados pelo signo astrológico associado a essa era, enquanto outros astrólogos acreditam que as eras astrológicas não influenciam os eventos de forma alguma. 

Os astrólogos não concordam sobre as datas exatas para o início ou fim das eras, com datas fornecidas variando em centenas de anos. 

Visão geral

Os signos tradicionais do zodíaco ocidental

Existem três grandes perspectivas sobre as eras astrológicas:

  1. Os arqueoastrônomos não acreditam necessariamente na astrologia como ciência, mas estudam as tradições culturais de sociedades que se referiam extensivamente à astrologia.
  2. Os astrólogos têm se interessado em relacionar a história mundial com as eras astrológicas desde o final do século XIX; no entanto, a maioria dos astrólogos estuda horóscopos, não eras astrológicas.
  3. O conceito da cultura pop da Era de Aquário se refere às grandes mudanças sociais da década de 1960 , popularizadas no musical de 1967 (e subsequente filme de 1979 ) Hair .

A tabela a seguir de eras astrológicas foi compilada por Neil Mann, apresentando durações comumente citadas para cada era, bem como desenvolvimentos na história humana que normalmente se acredita terem sido influenciados pelo signo do equinócio vernal de sua época. Ele observa que as alegações de influências zodiacais na história humana são tendenciosas, baseando-se em datas amplamente variáveis para eventos e na seleção seletiva de evidências. 

Idade Data de início Data de término Associações astrológicas típicas
Era de Libra 15150 a.C. 13000 a.C. Pinturas rupestres de Lascaux , Colonização das Américas
Era de Virgem 13000 a.C. 10750 a.C. Fim do Último Máximo Glacial , início do Neolítico Pré-Olaria
Era de Leão 10750 a.C. 8600 a.C. Neolítico Pré-Cerâmico A e início de B
Era de Câncer 8600 a.C. 6450 a.C. Neolítico Pré-Cerâmico B , início da urbanização
Era de Gêmeos 6450 a.C. 4300 a.C. Neolítico pré-cerâmico C , Neolítico tardio , início do Calcolítico
Era de Touro 4300 a.C. 2150 a.C. Invenção da escrita, a Idade do Bronze e a ascensão de civilizações associadas, como a Suméria , o Egito Antigo e a civilização do Vale do Indo , cultos de touros no Oriente Próximo
Era de Áries 2150 a.C. 1 EC Império Acadiano , o período védico na Índia, o início da Idade do Ferro , a Grécia Antiga , o Império Fenício , o Antigo Israel , a Antiguidade Clássica e a Era Axial , a ascensão do Budismo
Era de Peixes 1 EC 2150 d.C. Ascensão do Império Romano, Cristianismo (simbolizado inicialmente como ichthys ) e Islamismo
Era de Aquário 2150 d.C. 4300 Previsto para apresentar humanitarismo e inovações em comunicação e viagens

Aspectos contenciosos

Detalhes definitivos sobre as eras astrológicas são escassos ou contestados. O astrólogo britânico do século XX, Charles Carter, afirmou que “É provável que não haja nenhum ramo da Astrologia sobre o qual se tenha proferido mais disparates do que a doutrina da precessão dos equinócios”. 

Neil Spencer, em seu livro de 2000, True as the Stars Above, expressou uma opinião semelhante sobre as eras astrológicas. Spencer caracteriza o conceito como sendo “difuso”, “especulativo” e a área menos definida da tradição astrológica. Derek e Julia Parker afirmam que é impossível afirmar a data exata para o início de qualquer era astrológica e reconhecem que muitos astrólogos acreditam que a Era de Aquário chegou, enquanto muitos espiritualistas dizem que o mundo está no fim da Era de Peixes.

Ray Grasse afirma em Signs of the Times que “há uma disputa considerável sobre os horários exatos de início e término das diferentes Grandes Eras”. Paul Wright em The Great Ages and Other Astrological Cycles diz que grande parte da incerteza relacionada às eras astrológicas se deve ao fato de muitos astrólogos terem uma compreensão pobre do significado do simbolismo astrológico e “conhecimento histórico ainda mais pobre”. 

Abordagem de consenso

Embora muitas questões sejam controversas ou disputadas, há dois aspectos das eras astrológicas que têm consenso virtualmente unânime: primeiro, a ligação teorizada das eras astrológicas à precessão axial da Terra e comumente referida como precessão dos equinóciossegundo, que, devido à natureza da precessão dos equinócios, a progressão das eras ocorre na direção reversa através dos signos zodiacais. 

Idades de duração igual ou variável

Os astrólogos usam muitas maneiras de dividir o Grande Ano em doze eras astrológicas. Existem dois métodos populares. Um método é dividir o Grande Ano em doze eras astrológicas de durações aproximadamente iguais de cerca de 2156 anos por era com base no equinócio vernal (também conhecido como ponto vernal ) movendo-se através do zodíaco sideral Outro método é variar significativamente a duração de cada era astrológica com base na passagem do equinócio vernal medido em relação às constelações zodiacais reais . Cada uma dessas doze seções do Grande Ano pode ser chamada de era astrológica, Era Precessional ou Grande Mês. 

O método baseado nas constelações zodiacais apresenta uma falha, pois, segundo a estimativa de astrônomos/astrólogos da era clássica, como Cláudio Ptolomeu , muitas constelações se sobrepõem, um problema que só foi eliminado nos últimos 200 anos com a adoção de limites oficiais para constelações. Por exemplo, por volta de 2700 d.C., o ponto vernal terá se movido para Aquário, mas, do ponto de vista da era clássica, o ponto vernal também apontará para Peixes devido à sobreposição pré-limite. 

Transições de idade

Muitos astrólogos consideram a entrada em uma nova era astrológica uma transição gradual chamada de ” cúspide “. Por exemplo, Ray Grasse afirma que uma era astrológica não começa em um dia ou ano exato. Paul Wright afirma que um efeito de transição ocorre na fronteira das eras astrológicas. Consequentemente, o início de qualquer era não pode ser definido em um único ano ou década, mas combina suas influências com a era anterior por um período de tempo até que a nova era possa se sustentar por si só.  No livro The Book of World Horoscopes de Nicholas Campion , há seis páginas listando pesquisadores e suas datas propostas para o início da Era de Aquário, indicando que muitos pesquisadores acreditam que cada era começa em uma data exata.

Outras opiniões

Idades exatas de 2.000 anos cada

Muitos astrólogos acham as idades muito erráticas com base no ponto vernal movendo-se através das constelações zodiacais de tamanho aleatório ou do zodíaco sideral e, em vez disso, arredondam todas as idades astrológicas para exatamente 2000 anos cada. Nessa abordagem, as idades são geralmente alinhadas de forma que a idade de Áries é encontrada de 2000 a.C. a 1 d.C., a idade de Peixes de 1 d.C. a 2000 d.C., a Era de Aquário de 2000 d.C. a 4000 d.C. e assim por diante. Essa abordagem é inconsistente com a precessão dos equinócios. Com base na precessão dos equinócios, há uma mudança de um grau aproximadamente a cada 72 anos, então um movimento de 30 graus requer 2160 anos para ser concluído.

Idades envolvendo o signo oposto

Uma escola de pensamento estabelecida é que uma era também é influenciada pelo signo oposto ao da era astrológica. Referindo-se de volta à precessão dos equinócios, conforme o Sol cruza uma constelação no equinócio de primavera do hemisfério norte (21 de março), ele cruzará o signo oposto no equinócio de primavera no hemisfério sul (21 de setembro). Por exemplo, a Era de Peixes é complementada por seu signo astrológico oposto de Virgem (a Virgem); então alguns se referem à era pisciana como a ‘Era de Peixes-Virgem’. Adotando essa abordagem, a Era de Aquário se tornaria a Era de Aquário-Leão. Em seus escritos, Ray Grasse também defende a ligação entre cada signo do zodíaco e seu signo oposto.

História

Hiparco e a descoberta da precessão dos equinócios

Hiparco de Niceia (c. 190-120 a.C.) é frequentemente creditado pela descoberta da precessão dos equinócios, um fenômeno astronômico fundamental que desempenha um papel crucial no conceito de eras astrológicas. Precessão refere-se à mudança gradual na orientação do eixo de rotação da Terra, que faz com que as posições dos equinócios se movam lentamente para oeste ao longo da eclíptica, completando um ciclo completo aproximadamente a cada 26.000 anos. 

Hiparco fez essa descoberta ao comparar suas observações das posições das estrelas com registros de astrônomos anteriores, particularmente os da Babilônia. Ele notou que as posições de certas estrelas fixas haviam se deslocado em relação aos equinócios ao longo do tempo, uma observação que não podia ser explicada pelos modelos astronômicos predominantes de sua época. Em seu trabalho, Hiparco observou que a posição do equinócio vernal havia se deslocado cerca de 2° em relação às estrelas ao longo de um século, o que implicava um movimento lento e contínuo da esfera celeste. 

Esta descoberta foi inovadora porque revelou que a esfera celeste não era tão fixa quanto se pensava anteriormente. O cálculo da taxa de precessão feito por Hiparco estava notavelmente próximo do valor moderno, estimando-o em aproximadamente 1° por século, o que é apenas ligeiramente diferente da medição atual de aproximadamente 1° a cada 72 anos. 

As descobertas de Hiparco foram posteriormente documentadas pelo astrônomo alexandrino Cláudio Ptolomeu em sua obra seminal, o Almagesto (c. 150 d.C.), onde ele refinou e expandiu ainda mais as observações de Hiparco. O Almagesto de Ptolomeu tornou-se a referência padrão para astrônomos por muitos séculos e consolidou o conceito de precessão no cânone astronômico. 

O reconhecimento da precessão teve profundas implicações para a astrologia, particularmente no desenvolvimento do conceito de eras astrológicas. À medida que os equinócios precessam através do zodíaco, eles marcam o início e o fim dessas eras, cada uma com duração aproximada de 2.160 anos, com base nas 12 constelações zodiacais. Acredita-se que a mudança de uma era para outra traz mudanças culturais e espirituais significativas, uma crença que influencia o pensamento astrológico desde a antiguidade. 

Pós-Hiparco

Trepidação

No início do período pós- Hiparco, duas escolas de pensamento se desenvolveram sobre o lento deslocamento da esfera fixa das estrelas, conforme descoberto por Hiparco . Uma escola acreditava que, com um deslocamento de 1 grau a cada 100 anos, a esfera das estrelas fixas retornaria ao seu ponto de partida após 36.000 anos. A escola da trepidação acreditava que as estrelas fixas primeiro se moviam em uma direção e depois na outra – semelhante a um pêndulo gigante. Acreditava-se que as estrelas ‘oscilantes’ primeiro se moviam 8 graus em uma direção e depois invertiam esses 8 graus viajando na outra direção.

Teão de Alexandria, no século IV d.C., inclui trepidação quando escreveu Pequeno Comentário às Tábuas Práticas . No século V d.C., o filósofo neoplatônico grego Proclo menciona que ambas as teorias estavam sendo discutidas. Os indianos por volta do século V d.C. preferiam a teoria da trepidação, mas como haviam observado o movimento das estrelas fixas em 25 graus desde os tempos antigos (desde cerca de 1325 a.C.), consideravam que a trepidação oscilava para frente e para trás em torno de 27 graus. 

O expoente inicial significativo do método dos ‘36.000’ anos circulares foi Ptolomeu e, devido ao status atribuído a Ptolomeu por estudiosos posteriores, os astrônomos cristãos e muçulmanos da Idade Média aceitaram o Grande Ano de 36.000 anos em vez da trepidação. No entanto, alguns estudiosos deram crédito a ambas as teorias com base na adição de outra esfera que é representada nas tábuas alfonsinas produzidas pela Escola de Tradutores de Toledo nos séculos XII e XIII. As tábuas alfonsinas calculavam as posições do sol, da lua e dos planetas em relação às estrelas fixas. O astrônomo italiano Cecco d’Ascoli , professor de astrologia na Universidade de Bolonha no início do século XIV, continuou a ter fé na trepidação, mas acreditava que ela oscilava 10 graus em qualquer direção. Copérnico se refere à trepidação em De Revolutionibus Orbium Coelestium publicado em 1543. 

Mitraísmo

A descoberta de Hiparco da precessão dos equinócios pode ter criado os Mistérios Mitraicos , coloquialmente também conhecidos como Mitraísmo , um culto de mistério neoplatônico do deus romano Mitra dos séculos I a IV. A quase total falta de descrições escritas ou escrituras necessita de uma reconstrução de crenças e práticas a partir de evidências arqueológicas, como as encontradas em templos mitraicos (nos tempos modernos chamados mithraea), que eram cavernas reais ou artificiais representando o cosmos. Até a década de 1970, a maioria dos estudiosos seguiu Franz Cumont na identificação de Mitra como uma continuação do deus persa Mitra. A hipótese de continuidade de Cumont o levou a acreditar que o componente astrológico foi um acréscimo tardio e sem importância. 

As visões de Cumont não são mais seguidas. Hoje, o culto e suas crenças são reconhecidos como uma síntese do pensamento greco-romano clássico tardio, com um componente astrológico ainda mais astrocêntrico do que as crenças romanas geralmente eram durante o início do Império Romano. Os detalhes permanecem em debate. 

No que diz respeito à precessão axial , um estudioso do mitraísmo, David Ulansey, interpretou Mitra como uma personificação da força responsável pela precessão. Ele argumenta que o culto foi uma resposta religiosa à descoberta da precessão por Hiparco, que – da antiga perspectiva geocêntrica – equivalia à descoberta de que todo o cosmos (ou seja, a esfera celeste mais externa das estrelas fixas) estava se movendo de uma forma previamente desconhecida. A análise de Ulansey é baseada na tauroctonia: a imagem de Mitra matando um touro que era colocada no centro de cada templo mitraico. Na tauroctonia padrão, Mitra e o touro são acompanhados por um cão , uma cobra , um corvo , um escorpião e dois jovens idênticos, com tochas. 

De acordo com Ulansey, a tauroctonia é um mapa estelar esquemático . O touro é Touro , uma constelação do zodíaco. Na era astrológica que precedeu o tempo de Hiparco, o equinócio vernal ocorreu quando o Sol estava na constelação de Touro, e durante essa época anterior as constelações de Canis Minor (O Cão) , Hydra (A Serpente) , Corvus (O Corvo) e Scorpius (O Escorpião) – isto é, as constelações que correspondem aos animais retratados na tauroctonia – todas estavam no equador celeste (cuja localização é deslocada pela precessão) e, portanto, tinham posições privilegiadas no céu durante essa época. O próprio Mitra representa a constelação de Perseu , que está localizada diretamente acima de Touro, o Touro: O mesmo local ocupado por Mitra na imagem da tauroctonia. A morte do Touro por Mitra, por este raciocínio, representava o poder possuído por este novo deus para mudar toda a estrutura cósmica, girando a esfera cósmica de modo que a localização do equinócio da primavera deixasse a constelação de Touro (uma transição simbolizada pela morte do Touro), e o Cão, a Serpente, o Corvo e o Escorpião também perdessem suas posições privilegiadas no equador celeste. 

iconografia também contém dois gêmeos portadores de tochas ( Cautes e Cautopates) emoldurando a imagem do matador de touros – um segurando uma tocha apontando para cima e o outro uma tocha apontando para baixo. Esses portadores de tochas são às vezes retratados com um deles (tocha para cima) segurando ou associado a um touro e uma árvore com folhas, e o outro (tocha para baixo) segurando ou associado a um escorpião e uma árvore com frutas. Ulansey interpreta esses portadores de tochas como representantes do equinócio da primavera (tocha para cima, árvore com folhas, touro) e do equinócio do outono (tocha para baixo, árvore com frutas, escorpião) em Touro e Escorpião, respectivamente, que é onde os equinócios estavam localizados durante a “Era de Touro” precedente simbolizada na tauroctonia como um todo. 

A partir disso, Ulansey conclui que a iconografia mitraica era um “código astronômico” cujo segredo era a existência de uma nova divindade cósmica, desconhecida por aqueles de fora do culto, cujo atributo fundamental era a capacidade de mudar a estrutura de todo o cosmos e, assim, controlar as forças astrológicas que, na época, se acreditava determinarem a existência humana. Isso lhe conferia o poder de conceder aos seus devotos sucesso durante a vida e salvação após a morte (ou seja, uma jornada segura pelas esferas planetárias e uma subsequente existência imortal na esfera das estrelas). 

Taxa de precessão

Embora o cálculo de um grau por cem anos para a precessão dos equinócios , conforme definido por Hiparco e promulgado por Ptolomeu , fosse muito lento, outra taxa de precessão que era muito rápida também ganhou popularidade no primeiro milênio d.C. Por volta do século IV d.C., Teão de Alexandria assumiu uma taxa de mudança (trepidação) de um grau a cada 66 anos.  As tabelas do Xá (Zij-i Shah) são originárias do século VI, mas estão perdidas, mas muitos astrônomos e astrólogos árabes e persas posteriores se referem a elas e também usam esse valor. 

Esses astrônomos-astrólogos ou fontes posteriores incluem: Al-Khwarizmi , Zij al Sindhind ou “Tabelas Estelares Baseadas no Método de Cálculo Indiano” (c. 800); “Tabulae probatae” ou “az-Zig al-mumtan” (c. 830); Al-Battani , Albategnius , al-Zij (c. 880); e al-Sufi, Azophi (c. 965); Al Biruni (973–1048), “al Canon al Masud” ou “O Cânone Mas??dic”; Catálogo de estrelas fixas árabe de 1º de outubro de 1112 (ed. Paul Kunitzsch); e “Libros del Saber de Astronomía” de Alfonso X de Castela (1252–1284). 

Ano Domini

Existem evidências de que o calendário moderno desenvolvido por Dionísio Exíguo no século VI d.C., começando com o nascimento de Jesus Cristo em 1 d.C., foi influenciado pela precessão dos equinócios e eras astrológicas. O desejo de Dionísio de substituir os anos de Diocleciano (Diocleciano perseguiu os cristãos) por um calendário baseado na encarnação de Cristo era para evitar que as pessoas acreditassem no fim iminente do mundo. Na época, acreditava-se que a Ressurreição e o fim do mundo ocorreriam 500 anos após o nascimento de Jesus. O atual calendário Anno Mundi teoricamente começou com a criação do mundo com base em informações do Antigo Testamento . Acreditava-se que, com base no calendário Anno Mundi, Jesus nasceu no ano 5500 (ou 5500 anos após a criação do mundo), com o ano 6000 do calendário Anno Mundi marcando o fim do mundo. 

Anno Mundi 6000 (aproximadamente 500 d.C.) foi então equiparado à Segunda Vinda de Cristo e ao fim do mundo. Como essa data já havia passado na época de Dionísio, ele buscou um novo fim do mundo em uma data posterior. Ele foi fortemente influenciado pela cosmologia antiga, em particular pela doutrina do Grande Ano , que coloca uma forte ênfase nas conjunções planetárias. Essa doutrina diz que quando todos os planetas estivessem em conjunção, esse evento cósmico marcaria o fim do mundo. Dionísio calculou com precisão que essa conjunção ocorreria em maio de 2000 d.C. Dionísio então aplicou outro mecanismo de cronometragem astronômico baseado na precessão dos equinócios . Embora incorreto, alguns astrônomos orientais da época acreditavam que o ciclo precessional era de 24.000 anos, o que incluía doze eras astrológicas de 2.000 anos cada. Dionísio acreditava que, se o alinhamento planetário marcava o fim de uma era (ou seja, a era de Peixes), então o nascimento de Jesus Cristo marcava o início da Era de Peixes 2.000 anos antes. Ele, portanto, deduziu 2.000 anos da conjunção de maio de 2000 para produzir 1 d.C. para a encarnação de Cristo. 

Mashallah ibn Athari

O renomado astrônomo e astrólogo judeu persa Masha’Allah (c.740 – 815 EC) empregou a precessão dos equinócios para calcular o período “Era do Dilúvio” datado de 3360 a.C. ou 259 anos antes do Kali Yuga indiano , que se acredita ter começado em 3101 a.C. 

Giovanni Pico della Mirandola

O filósofo renascentista italiano do século XV, Giovanni Pico della Mirandola, publicou um ataque massivo às previsões astrológicas, mas não se opôs a toda a astrologia e comentou sobre a posição do ponto vernal em sua época. Pico estava ciente dos efeitos da precessão dos equinócios e sabia que o primeiro ponto de Áries não existia mais na constelação de Áries. Pico não apenas sabia que o ponto vernal havia se deslocado de volta para Peixes , como também afirmou que, em sua época, o ponto vernal (zero grau de Áries tropical) estava localizado a 2 graus (sideral) de Peixes. Isso sugere que, por qualquer método de cálculo que estivesse empregando, Pico esperava que o ponto vernal se deslocasse para a idade de Aquário (sideral) 144 anos depois, pois uma mudança de um grau leva 72 anos. 

Isaac Newton

Isaac Newton (1642 – 1726–27 ) determinou a causa da precessão e estabeleceu a taxa de precessão em 1 grau a cada 72 anos, muito próximo do melhor valor medido hoje, demonstrando assim a magnitude do erro no valor anterior de 1 grau por século. 

Aspectos de cálculo
(aproximado)

Movimento precessional visto de “fora” da esfera celeste. O eixo de rotação da Terra descreve, ao longo de um período de cerca de 25.800 anos, um pequeno círculo (azul) entre as estrelas, centrado no polo norte da eclíptica (azul E ) e com um raio angular de cerca de 23,4°: o ângulo conhecido como obliquidade da eclíptica . O eixo laranja era o eixo de rotação da Terra há 5.000 anos, quando apontava para a estrela Thuban. O eixo amarelo, apontando para Polaris, é a situação atual. Observe que, quando a esfera celeste é vista de fora, as constelações aparecem em imagem espelhada. Observe também que a rotação diária da Terra em torno de seu eixo é oposta à rotação precessional. Quando o eixo polar precessa de uma direção para outra, o plano equatorial da Terra (indicado pela grade circular ao redor do equador) e o equador celeste associado também se moverão. Onde o equador celeste intercepta a eclíptica (linha vermelha), há os equinócios. Como visto no desenho, a grade laranja indica que, há 5.000 anos, na intersecção do equador com a eclíptica, o equinócio vernal estava próximo da estrela Aldebaran, de Touro . Atualmente (a grade amarela) ele se deslocou (seta vermelha) para algum lugar na constelação de Peixes. Observe que esta é uma descrição astronômica do movimento precessional e a posição do equinócio vernal em uma determinada constelação pode não implicar o significado astrológico de uma Era com o mesmo nome, visto que elas (eras e constelações) têm um alinhamento exato apenas no ” primeiro ponto de Áries “, ou seja, uma vez a cada c. 25.800 ( Grande Ano Sideral ).

A Terra, além de sua rotação diurna (diária) em torno de seu eixo e de sua rotação anual em torno do Sol, incorre em um movimento de precessão que envolve um deslocamento periódico e lento do próprio eixo: aproximadamente um grau a cada 72 anos. Esse movimento, causado principalmente pela gravidade da Lua , dá origem à precessão dos equinócios, na qual a posição do Sol na eclíptica no momento do equinócio vernal, medida contra o fundo de estrelas fixas, muda gradualmente com o tempo.

Em termos gráficos, a Terra se comporta como um pião, e piões tendem a oscilar enquanto giram. O giro da Terra é sua rotação diária (diurna). A Terra oscila lentamente ao longo de um período de pouco menos de 26.000 anos. Da nossa perspectiva da Terra, as estrelas estão se “movendo” levemente de oeste para leste a uma taxa de um grau aproximadamente a cada 72 anos. Um grau é cerca de duas vezes o diâmetro do Sol ou da Lua vistos da Terra. A maneira mais fácil de observar esse movimento lento das estrelas é em qualquer momento fixo do ano. O momento fixo mais comum é no equinócio de primavera, por volta de 21 de março de cada ano.

Em astrologia, uma era astrológica geralmente é definida pela constelação ou zodíaco sideral sobreposto em que o Sol realmente aparece no equinócio vernal. Este é o método que Hiparco parece ter aplicado por volta de 127 a.C. ao calcular a precessão. Como cada signo do zodíaco é composto por 30 graus, pode-se pensar que cada era astrológica dura cerca de 72 (anos) × 30 (graus) = cerca de 2160 anos.

Isto significa que o Sol cruza o equador no equinócio vernal movendo-se para trás contra as estrelas fixas de um ano para o outro à taxa de um grau em setenta e dois anos, uma constelação (em média) em cerca de 2148 anos, e todos os doze signos em cerca de 25.772 anos, às vezes chamado de Ano Platônico. No entanto, a duração das eras está diminuindo com o tempo, à medida que a taxa de precessão está aumentando. Portanto, não há duas eras com a mesma duração.

Primeiro ponto do alinhamento de Áries – o ponto fiducial

Aproximadamente a cada 26.000 anos, as constelações zodiacais, o zodíaco sideral associado e o zodíaco tropical usado pelos astrólogos ocidentais basicamente se alinham. Tecnicamente, é quando o “primeiro ponto em Áries” tropical e sideral (Áries 0°) coincidem. Esse alinhamento é frequentemente chamado de ponto fiducial e, se o ponto fiducial pudesse ser encontrado, períodos de tempo razoavelmente exatos de todas as eras astrológicas poderiam ser determinados com precisão, caso o método usado para determinar as eras astrológicas se baseie nos 30 graus de igual tamanho por era e não corresponda à configuração exata das constelações no céu.

No entanto, este ponto fiducial é difícil de determinar porque, embora não haja ambiguidade quanto ao zodíaco tropical utilizado pelos astrólogos ocidentais, o mesmo não pode ser dito do zodíaco sideral utilizado pelos astrólogos védicos . Os astrólogos védicos não são unânimes quanto à localização exata no espaço de seu zodíaco sideral. Isso ocorre porque o zodíaco sideral se sobrepõe à constelação zodiacal irregular, e não há limites inequívocos entre as constelações zodiacais.

Os astrônomos modernos definiram limites, mas este é um desenvolvimento recente de astrônomos divorciados da astrologia e não pode ser considerado correto da perspectiva astrológica. Embora a maioria dos astrônomos e alguns astrólogos concorde que o ponto fiducial ocorreu por volta do século III ao século V d.C., não há consenso sobre uma data exata ou um período de tempo específico dentro desses três séculos. Diversas datas são propostas por vários astrônomos, e períodos de tempo ainda mais amplos por astrólogos. (Para uma abordagem alternativa para calibrar a precessão, consulte a seção ” Abordagem alternativa para calibrar a precessão” na seção “Novas teorias, alternativas e marginais” abaixo).

Como exemplo de uma abordagem mística contemporânea à precessão, nos escritos astrológicos de Max Heindel ,  é descrito que a última vez que o ponto de partida do zodíaco sideral concordou com o zodíaco tropical ocorreu em 498 d.C. Um ano após esses pontos estarem em exata concordância, o Sol cruzou o equador cerca de cinquenta segundos de espaço na constelação de Peixes. No ano seguinte, foi um minuto e quarenta segundos em Peixes, e assim tem se arrastado para trás desde então, até que no momento presente o Sol cruza o equador em cerca de nove graus na constelação de Peixes. Com base nessa abordagem, serão cerca de 600 anos antes que ele realmente cruze o equador celeste na constelação de Aquário. No entanto, esta é apenas uma das muitas abordagens e, portanto, deve permanecer como especulação neste momento.

Idades presentes e futuras

Era de Peixes (Era de Peixes)

Símbolo de Peixes :

Quando o equinócio de março ocorre em Peixes .

Prazos

Uma inscrição cristã primitiva esculpida com letras gregas em mármore nas antigas ruínas gregas de Éfeso , Turquia
  • 30 graus zodiacais :
    • Interpretação de Neil Mann: começou por volta de 1 d.C. e termina por volta de 2150 d.C. 
    • Interpretação Heindel-Rosacruz: começou por volta de 498 d.C. e termina por volta de 2654 d.C. 

Era de Aquário (Era de Aquário)

Símbolo para Aquário :

Quando o equinócio de março ocorre em Aquário .

Prazos

Em 1928, na Conferência da União Astronômica Internacional (IAU) em Leiden , na Holanda , as bordas das 88 constelações oficiais foram definidas em termos astronômicos. 

O astrônomo austríaco Hermann F. Haupt  [ de ] examinou a questão de quando a Era de Aquário começa em um artigo publicado em 1992 pela Academia Austríaca de Ciências: com o título alemão “Der Beginn des Wassermannzeitalters, eine astronomische Frage?” (“O início da Era de Aquário, uma questão astronômica?”).  Com base nos limites aceitos pela IAU em 1928, o artigo de Haupt investiga o início da Era de Aquário calculando a entrada do ponto do equinócio da primavera sobre o ciclo paralelo (d = – 4°) entre as constelações de Peixes e Aquário e chega, usando a fórmula usual de precessão (Gliese, 1982), ao ano 2595. No entanto, Haupt conclui:

Embora não se possa esperar que os astrólogos sigam os limites oficiais das constelações, haverá uma tentativa de calcular a entrada do ponto do equinócio da primavera na constelação de Aquário. […] Como foi brevemente demonstrado, os resultados e métodos da astrologia em muitas áreas, como no que diz respeito à Era de Aquário, são controversos por si só e não podem ser chamados de científicos devido aos muitos elementos esotéricos.

  • 30 graus zodiacais :
    • Interpretação de Neil Mann: começa em 2150 d.C. 
    • A interpretação de Dane Rudhyar afirma que a Era de Aquário começará em 2062 d.C. 
    • Nicholas Campion em The Book of World Horoscopes indica que ele coletou mais de 90 datas fornecidas por pesquisadores para o início da Era de Aquário e essas datas têm um intervalo de mais de 2.000 anos começando no século 15 DC. O intervalo de datas para o possível início da Era de Aquário varia de 1447 a 3621.
  • Ano limite da constelação :
    • Interpretação de Hermann Haupt: começa c. 2595 d.C. 

Previsões astrológicas

Há uma expectativa de que a Era de Aquário inaugure um período de consciência de grupo.  Marcia Moore e Mark Douglas escrevem que a iluminação artificial da Terra por eletricidade é um sinal da Era de Aquário. 

Subperíodos de idades

Muitos astrólogos pesquisadores acreditam que as eras astrológicas podem ser divididas em seções menores ao longo das linhas de ‘rodas dentro de rodas’. O método mais comum é dividir cada era astrológica em doze subperíodos. Existem duas maneiras comuns de realizar esse processo e duas maneiras de aplicar esses subperíodos. Além disso, alguns astrólogos dividem as eras de maneiras diferentes. Por exemplo, David Williams emprega uma subdivisão de decanato em que cada era é dividida em três seções iguais. 

Subperíodos de Áries a Peixes

O método mais popular de subdividir as eras astrológicas é dividir cada era igualmente em doze subperíodos com o primeiro subperíodo Áries, seguido por Touro, Gêmeos e assim por diante, até a última subdivisão, Peixes. Charles Carter foi um dos primeiros defensores dessa abordagem. [ 51 ] Tecnicamente, essa abordagem é baseada no décimo segundo harmônico dos signos zodiacais.

Subperíodos de Dwadasamsa

A abordagem alternativa é aplicar um método comumente usado na astrologia védica, mas com longos antecedentes também na astrologia ocidental. [ 52 ] Este método também divide cada era astrológica em doze subperíodos, mas o primeiro subperíodo para cada signo é o mesmo que o próprio signo, depois com os seguintes subperíodos em ordem natural. Por exemplo, os doze dwadasamsa de Aquário são Aquário, Peixes, Áries, Touro e assim por diante, até o último dwadasamsa – Capricórnio. Tecnicamente, esta abordagem é baseada em atributos tanto do décimo segundo quanto do décimo terceiro harmônicos dos signos zodiacais e pode ser considerada como estando no meio do caminho entre o 12º e o 13º harmônicos.

Direção do subperíodo (para frente ou retrógrado?)

Há duas maneiras de aplicar os subperíodos acima às eras astrológicas.

  • Ordem Natural – A maneira mais comum é organizar os subperíodos de modo que eles avancem na ordem natural. Portanto, se o método de Áries a Peixes for adotado, por exemplo, na Era de Aquário, o primeiro subperíodo será Áries, seguido por Touro, Gêmeos e assim por diante até a última subdivisão – Peixes. Essa é a abordagem adotada por Charles Carter. Se o subperíodo dwadasamsa for adotado, eles também progridem na ordem natural dos signos. Por exemplo, os doze dwadasamsa de Aquário são Aquário, Peixes, Áries, Touro e assim por diante, até o último dwadasamsa – Capricórnio.
  • Ordem Geométrica (Retrógrada) – A outra abordagem é organizar os subperíodos geometricamente e reverter a direção dos subperíodos de acordo com a ordem retrógrada das eras astrológicas. Por exemplo, se aplicarmos o método de Áries a Peixes, o primeiro subperíodo de qualquer era astrológica é Peixes, seguido por Aquário, Capricórnio e assim por diante, até o último subperíodo – Áries. Charles Carter indicou que havia algum mérito nessa abordagem. Se aplicarmos o sistema de subperíodos dwadasamsa geometricamente, por exemplo, o primeiro subperíodo na Era de Aquário é Capricórnio, seguido por Sagitário, Escorpião e assim por diante, até o último subperíodo – Aquário. Essa abordagem é adotada por Terry MacKinnell, Patrizia Norelli-Bachelet  e David Williams aplicou seu [decans] (divisão tripla) geometricamente, apoiando assim essa abordagem.

Mitos novos, alternativos e marginais

Devido à falta de consenso sobre quase todos os aspectos das eras astrológicas, exceto pela relação das eras astrológicas com a precessão dos equinócios e a ordem retrógrada das eras astrológicas, há ideias alternativas, esotéricas, inovadoras, marginais e recém-expressas sobre as eras astrológicas que não estabeleceram credibilidade na comunidade astrológica mais ampla ou entre os arqueoastrônomos.

Abordagem alternativa para calibrar a precessão

Terry MacKinnell desenvolveu uma abordagem alternativa para calibrar a precessão dos equinócios para determinar a Era Astrológica. Seu principal ponto de partida da abordagem moderna tradicional é como ele aplica o equinócio vernal às constelações zodiacais. Em vez de se referir à posição do Sol no equinócio vernal (uma técnica matemática “moderna” desenvolvida pelos gregos no final do primeiro milênio a.C.), ele se refere à constelação heliacal ascendente no dia do equinócio vernal. Essa abordagem é baseada na abordagem antiga às observações astronômicas (o mesmo período antigo que também viu a invenção das constelações zodiacais) anterior ao desenvolvimento da astronomia matemática pelos antigos gregos no primeiro milênio a.C. Todas as observações astronômicas antigas eram baseadas em técnicas visuais.

De todas as técnicas-chave usadas nos tempos antigos, as mais comuns na Babilônia (provavelmente a fonte da astrologia) e na maioria das outras culturas antigas eram baseadas em fenômenos que ocorriam perto dos horizontes orientais ou ocidentais.

A constelação heliacal ascendente no equinócio vernal é baseada na última constelação zodiacal ascendente acima do horizonte oriental pouco antes do amanhecer e antes que a luz do Sol que se aproxima oblitere as estrelas no horizonte oriental. Atualmente, no equinócio vernal, a constelação de Aquário tem sido a constelação heliacal ascendente por alguns séculos. As estrelas desaparecem cerca de uma hora antes do amanhecer, dependendo da magnitude, latitude e data. Essa hora representa aproximadamente 15 graus de diferença em comparação ao método contemporâneo baseado na posição do Sol entre as constelações zodiacais. 

Cada era é composta por 30 graus, portanto, 15 graus representam cerca de metade de uma era, ou cerca de 1.080 anos. Com base no método do nascer helíaco, a Era de Aquário chegou cerca de 1.080 anos antes do sistema moderno. John H. Rogers, na primeira parte de seu artigo ” Origens das constelações antigas” , também afirma que o uso do antigo método do nascer helíaco, em comparação com o método solar (moderno), produz um resultado com aproximadamente 1.000 anos de antecedência.

Usando essa abordagem, as eras astrológicas chegam cerca de meia era antes, em comparação com a abordagem contemporânea comum para calibrar a precessão com base em técnicas matemáticas modernas. Assim, MacKinnell prevê que a Era de Aquário chegará no século XV, enquanto a maioria dos astrólogos prevê que a Era de Aquário chegará no século XVII, quase 700 anos no futuro. 

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