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Deusas hindus. Lakshmi, Sarasvati e Parvati (Sati, Durga e Kali)

Hinduísmo. Mitologia hindu. Deusas hindus. Lakshmi, Sarasvati (Saraswati) e Sáti, Parvati, Durga e Kali

Fonte: https://fenixdefogo.wordpress.com-

Lakshmi

Lakshmi ou Laxmi é uma personificação do amor em forma feminina do hinduísmo, esposa do aspecto divino Vishnu, o sustentador do universo na religião hindu. É personificação da beleza, da fartura, da generosidade e principalmente da riquezae da fortuna. Este aspecto divino é sempre invocada para amor, fartura, riqueza e poder. É o principal símbolo da potência feminina, sendo reconhecida por sua eterna juventude e formosura.

Pode ser vista sentada sobre uma flor de lótus, ou segurando flores de lótus nas mãos, e um cântaro que jorra moedas deouro.

Geralmente atribui-se a Lakshmi o símbolo da suástica, que representa vitória e sucesso. Apadma é o nome dado a Lakshmi, quando representada sem o lótus, ao sair do Oceano.

Foi ela que deu a Indra, o Rei dos Semi-deuses, o soma (ou sangue do conhecimento) do seu próprio corpo para que ele produzisse a ilusão do parto e se tornasse o Rei dos Devas.
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Essa é minha Lakshmi, uma esquilinha da Mongólia:

 

Sarasvati

Sarasvati é a deusa hindu da sabedoria, das artes e da música e a shákti, que significa ao mesmo tempo poder e esposa, de Brahma, o criador do mundo.

É a protetora dos artesãos, pintores, músicos, atores, escritores e artistas em geral. Ela também protege aqueles que buscam conhecimento, os estudantes, os professores, e tudo relacionado à eloquência, sendo representada como uma mulher muito bela, de pele branca como o leite, e tocando sitar (um instrumento musical). Seus símbolos são um cisne e um lótus branco.

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BRAHMA-SARASVATI

Brahma tinha como consorte Sarasvati. Os Vedas listam Sarasvati como sendo originalmente uma divindade da água, a Deusa de um rio que corria a oeste do Himalaia. Posteriormente o seu poder aumentou.

 

Ela passou a ser conhecida como a Deusa dos cânticos e dos discursos, a criadora do sânscrito e a descobridora da bebida sagrada, soma. Ela se tornou a força por trás de todos os fenômenos.

 

Sarasvati é representada como uma graciosa mulher com uma veena, de pele branca, usando uma Lua Crescente em sua fronte; ela cavalga um cisne ou um pavão, ou senta-se numa flor de lótus. É a Deusa de todas as artes criativas, em especial da poesia e da música, do aprendizado e da ciência.



Besant Panchami, às vezes chamado Dawat Puja, é o Festival de Sarasvati na Índia.

Esse festival tinha início com a limpeza de todos os potes de tinta e das penas.
Em nossa era de computadores, devemos limpar completamente tais equipamentos.
Na verdade, limpar toda a área da escrita, tirando o pó de todos os livros e organizando os papéis pessoais, faz parte dessa categoria.

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Essas são Sarasvati e Lakshmi, minhas duas esquilinhas da Mongólia.

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Sáti, Parvati, Durga e Kali

Sáti

Satī (Devanagari: सती, o feminino de sat “verdade”) ou Dākshāyani é uma deusa da felicidade conjugal e longevidade Hindu; ela é particularmente adorada pelas esposas, a fim de procurar prolongar a vida de seus maridos. Um dos aspectos de Devi, Dākshāyani é a primeira consorte de Shiva, em segundo lugar Parvati, a sua reencarnação (isso que eu chamo amor eterno!).

Parvati. Esta é a reencarnação daquela (Sáti).

No Ramayana e no Shiva Purana, nos quais se diz que Parvati renasceu a partir de Sati, a primeira esposa de Shiva, já que os dois jamais poderiam ser separados. Porem pela morte de Sati, Shiva, imerso em profunda tristeza e solidão, retirou-se do mundo e prestou em silenciosa meditação. Parvati só sabia lamentar o inacabável ascetismo de seu amado e se cansara de permanecer junto a ele em vá adoração, pois Shiva, imerso em suas meditações, nem sequer dava-se conta da presença dela.

Num dia de primavera, os deuses, para retirar Shiva de sua atitude contemplativa, enviaram ao auxilio da bela Parvati o deus Kamadeva (patrono do amor) e sua esposa Rati (a luxuria e o prazer sensual).

Elegendo o momento em que Parvati encontrava-se perto de Shiva, Kamadeva preparou-se para disparar uma de suas flechas mágicas, mas nesse instante, Shiva o olhou com seu terceiro olho e reduziu instantaneamente em cinzas. Desde então, denomina-se o deus do amor com o nome de Ananga (privado de membros). Rati derramou rios de lagrimas por aquele que imaginava ter perdido para sempre, mas ela ouviu uma voz que lhe dizia: “Teu esposo terá novamente o corpo e voltará para teu lado quando Shiva casar-se com Parvati.” Nesse momento Parvati prostrou-se diante de Shiva ate’ que finalmente Shiva reconheceu Sati em Parvati e prometeu a ela seu amor. Parvati pediu para Shiva render-se a seu a seus desejos femininos e que devolvesse a kamadeva a forma de seu corpo, a fim de que Rati pudesse desfrutar do marido. Aceita as condições, Shiva e Parvati retiraram-se para o Monte Kailasa nos Himalaia.

Casada com Shiva, Parvati teve dois filhos, também deuses: Ganesha (o removedor de obstáculos) e Skanda, karti Keya ou Subramanya (o deus da guerra).

Antes, para obter o amor de Shiva, Parvati teve de seguir o caminho da austeridade, disciplina e da virtude pura. Parvati é considerada a deusa do casamento, e também é louvada como a deusa da família, daí a origem da palavra parivar (família).

Parvati, filha de Himavat e de Mena é consorte bondosa, austera e disciplinada de Shiva. Muitas vezes, ela é considerada a Mãe Suprema – Maha Devi, a que acolhe a todos os filhos, com seu infinito amor maternal, que os protege e os guia nas sendas da lei do karma, sempre mostrando aos mesmos os caminhos corretos e orientando-os passos que devem dar.

Ela é também a deusa da beleza, a virtuosa, e ressurge com diferentes manifestações, na forma de outras deusas, daí ser chamada de deusa das mil faces. Tem muitos atributos e, desde a era védica, um dos principais é a fertilidade, a forca que gera a procriação no mundo e nas espécies. É a própria geração da energia criadora, em sânscrito chamada de shakti.

Entre seus muitos nomes e manifestações vamos encontrar, de acordo com textos, seus atributos e características: Uma (a luz ou a sabedoria), Sati, Parvati, Ambika, Haimavati, Durga ou Mahamaya, Kali, Mahakali, Badrakali, Bhairavi, Devi, Mahadevi, Gauri, Bhavani, Jagatambe, Jagatmata, Kalyayani, Kapila, Kapali, Kumari, etc. (Fonte: shivashankara.net)

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Durga (a faceta guerreira de Parvati)

Um gigante chamado Durg, filho de Ruru, após ter praticado muita austeridade (tapas) para agradar Brahma (o deus criador), obteve sua bênção e tornou-se tão poderoso que conquistou os três mundos (a Terra, o plano astral e os reinos celeste), destronando Indra e os demais deuses. Durg obrigou as esposas dos Rishis (sábios) a cantar suas glorias, retirou os deuses do céu.

Durg aboliu as cerimônias religiosas, os brâhmanes (sacerdotes) abandonaram a leitura dos Vedas (escrituras sagradas) por temor. Durg imperou o caos no mundo.

Os deuses correram até Shiva, e Indra, como porta-voz do grupo, disse, envergonhadamente: “Shiva, fomos todos destronados e expulsos dos céus pelo terrível demônio Durg!”. Shiva vendo o sofrimento dos deuses por estarem privados de suas oferendas e compadecendo-se da situação, enviou Parvati para destruir o gigante.

Parvati, aceitando com bom gosto a missão, acalmou os nervos dos deuses e mandou Kalaratri (a deusa da noite escura), mulher cuja beleza fascinava os habitantes dos três mundos, ordenar ao demônio que restabelecesse as coisas ‘a sua forma natural. Mas Durg, cheio de fúria, enviou seus soldados para capturar Kalaratri e ela, com o alento de sua boca, reduziu-os a cinzas. Na continuação, Durg enviou um numero tão grande de soldados que cobria a superfície da Terra. Dessa vez, Kalaratri correu até Parvati, perseguida pelos soldados.

Durg reuniu todo seu exercito e dirigiu-se ao monte Vindhya para lutar contra Parvati. Quando estava próximo, Parvati assumiu um corpo com cem mil braços e produziu inúmeras armas.

Durante a batalha, as tropas do gigante dispararam suas flechas contra Parvati, a qual estava sentada sobre o monte Vindhya. Acompanhando as flechas, eles atiraram contra ela árvores, pedras e tudo o que podiam encontrar à frente. Em resposta, Parvati disparou o Sudharsana, arma em forma de disco, que cortou os braços de muitos milhares de soldados.

Depois de muita luta entre Parvati e Durg e os seus soldados. Durg assumiu a forma de um gigante com mil braços e levou uma arma em cada um deles. Estando perto de Parvati, esta o agarrou pelos braços e lançou-o contra o chão com uma forca espantosa. Vendo que, mesmo caído, ele ainda não estava destruído, ela atravessou-lhe o peito com uma lança e destruindo o gigante.

Os deuses estavam encantados com tão belo final da batalha, pois recuperaram, em seguida, o antigo resplendor. Após esse episodio, a deusa passou a ser chamada de Durga, nome da forma feminina do demônio Durg, que ela havia destruído.

Kali é a representação do principio feminino renovador, existente em todo ser humano e na natureza, que destrói a ilusão e dissolve a ignorância, responsáveis pela escravidão ao ciclo de Samsara (renascimento e mortes consecutiva Kali é identificada a Kala, o tempo, representado como negro, sombrio, implacável. O tempo é negro porque é irracional, duro, sem piedade. Todos vivem sob seu domínio e, para se libertar dos sofrimentos provenientes dele, deve-se, primeiramente, abolir o próprio tempo.

O poder de Kali se expressa como forca e determinação. Nela, há uma intensa e avassaladora paixão pelo ato de destruir todos os obstáculos ao divino. É a grande guerreira dos três mundos, a qual jamais foge a uma batalha. Kali não tolera a indiferença, a negligencia nem a preguiça perante a obra divina, despertando, de imediato e com aguda dor, quem dorme e vagabundeia inoportunamente. Kali também é mãe e seu amor é tão intenso quanto sua ira. Ela é temível para os hostis, a forca de sua presença é dolorosa para os débeis e tímidos, mas os grandes, os fortes e os nobres a amam e veneram, pois compreendem que seus golpes têm como objetivo endireitar o torcido e perverso e expelir o que é impuro e defeituoso, assim sendo, mostrando o caminho que leva a Deus. Nada pode satisfazê-la se não chegar aos êxtases supremos, às aspirações mais nobres e às perspectivas mais vastas.

No Lingam Purana encontramos a lenda sobre o aparecimento de Kali da seguinte forma:

Uma mulher-demônio chamada Daruka havia obtido um poder tão grande que consumia com fogo os sacerdotes e devotos. Mas, como era servida por uma multidão de mulheres, Vishnu e os demais deuses temiam atacá-la, pois poderiam ser culpados do grande pecado de dar morte a uma mulher.

Os deuses recorreram a Shiva para resolver esse problema. Shiva dirigiu-se a sua esposa Parvati e disse: “Ó, encantadora Devi, permita-me que te solicite a destruição de Daruka!” Parvati, tendo escutado essas palavras, criou de sua própria substância, uma terrível virgem negra. Seu aspecto era assustador de se contemplar estava envolta em vestido celestial vermelho, com vários braços e armas. Parvati deu o nome de Kali a essa virgem negra, que atacou e destruiu Daruka.

Kali também aparece travando combate com Raktabija, chefe de um exercito de demônios. Conta a lenda:

Kali foi destruindo e cortando as cabeças de todos os soldados de Raktabija, então ele próprio resolveu atacar Kali, mas ela defendeu-se bravamente, redobrando seus golpes mortíferos, mas, a cada gota de sangue que caía dele, nasciam mil gigantes, tão vigoroso quanto ele. Para acabar com seu inimigo, Kali teve, então de beber cada gota de sangue antes que essa caísse no solo, assim ela conseguiu derrotar Raktabija e seu exército.

Após à vitória, Kali começou a dançar com alegria tão selvagem que estremeceu todo o universo. Os deuses, preocupados com os resultados catastróficos que poderiam surgir da dança de Kali, pediram a intervenção de Shiva, para que a acalmasse. Shiva então se deitou embaixo de Kali para amenizar o impacto de sua dança e para que ela pisasse no grande Deus (Mahadeva) saísse do transe.

Kali é uma das dez Mahavidyas, shakti tântricas que são manifestações da deusa Mahakali.

Kali é a forca que ativa e desativa Kala (o tempo). Ela personifica a forca de destruição, a sabedoria divina que põe fim às ilusões.

(Fonte: shivashankara.net)

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Kali

KALI, A DEUSA DA REENCARNAÇÃO

kali kali maha mata
namah kalike namoh namah
jaya jagatambe eh ma durga
narayane om narayane om

A Índia foi o lugar em que a humanidade vivenciou a Mãe Terrível da forma a mais grandiosa, como Kali, “as trevas, o tempo que a tudo devora, a Senhora coroada de ossos do reino dos crânios”.

Na mitologia hindu, Kali é uma manifestação da Deusa Durga. Segundo a lenda, no primórdios dos tempos, um demônio chamado Mahishasura ganhou a confiança de Shiva depois de uma longa meditação. Shiva ficou agradecido por sua devoção e então lhe concedeu a dádiva de que cada gota de seu sangue produziria milhares como ele, que não poderiam ser exterminados nem pelos homens, nem pelos deuses. De posse de tamanho poder, Mahishaseura iniciou um reinado de terror vandalizando pelo mundo.

As pessoas foram exterminadas cruelmente e até mesmo os deuses tiveram que fugir de seu reino sagrado. Os Deuses reuniram-se e foram se queixar para Shiva das atrocidades cometidas pelo tal demônio. Shiva ficou muito zangado ao ser informado de tais fatos. Sua cólera, por sentir-se traído em sua confiança, saiu do terceiro olho na forma de energia e transformou-se em uma mulher terrível. Shiva aconselhou que os outros Deuses também deveriam concentrar-se em suas shaktis e liberá-las. Todos os Deuses estavam presentes quando uma nova deusa nasceu e se chamou a princípio de Durga, a Mãe Eterna. Ela tinha oito mãos e os Deuses a investiram com suas próprias armas de poder: o tridente de Shiva, o disco de Vishnu, a flecha flamejante de Agni, o cetro de Kubera, o arco de Vayu, a flecha brilhante de Surya, a lança de ferro de Yama, o machado de Visvakarman, a espada de Brahma, a concha de Varua e o leão, que é o meio de locomoção de Himavat.

Montada no leão, transformou-se em Kali, e cega pelo desejo de destruição atacou Mahishasura e seu exército. A Deusa exterminou demônio após demônio, exército após exército e um rio de sangue corria pelos campos de batalha, até que finalmente, decapitou e bebeu o sangue de Mahishasura estabelecendo novamente a ordem no mundo.

Logo após as batalhas Kali iniciou sua eufórica dança da vitória sobre os corpos dos mortos. Com esta dança todos os mundos tremiam sob o tremendo impacto de seus passos. Em muitas ocasiões, seu consorte Shiva teve de se atirar entre os demônios por ela executados e deixá-la pisoteá-lo. Esse era o único modo de trazê-la de volta à consciência e evitar que o mundo desabasse.

Carl G. Jung nos diz que uma das imagens de descida é aquela do sacrifício de sangue. Ele diz que se o herói sobrevive a esse encontro com o arquétipo da Mãe devoradora, ele ganha energia vital renovada, imortalidade, plenitude psíquica ou alguma outra dádiva.

KALI, A DEUSA TRÍPLICE

Kali Ma é uma deusa hindu de dupla personalidade, exibindo traços tanto de amor e delicadeza quanto de vingança e morte terrível. Era conhecida como a Mãe Negra, a Terrível, Deusa da Morte e a Mãe do Carma. Ela é mostrada agachada sobre o corpo inerte de Shiva, devorando seu pênis com sua vagina enquanto come seus intestinos. Essa imagem não deve ser entendida literalmente, ou visualmente, num plano físico. No sentido espiritual, Kali recolhia a semente em sua vagina para ser recriada em seu ventre eterno. Ela também devorava e destruía toda a vida para que fosse refeita.

Como Klika, ou Anciã, ela governa todas as espécies de morte, mas também todas as formas de vida. Ela representa as três divisões do ano hindu, as três fases da Lua, três segmentos do cosmo, três estágios da vida, três tipos de sacerdotisas (Yoginis, Matri e as Dakinis) e seus templos. O s hindus reverenciavam o trevo como emblema da divindade tríplice de Kali. Eles diziam que se não podemos amar a face negra de Kali, não podemos esperar por nossa evolução.

Kali comanda as gunas, ou linhas da Criação, Preservação e Destruição, e incorpora o passado, o presente e o futuro. As gunas são simbolizadas por linhas vermelhas, brancas e pretas. Ela controla o clima ao trançar ou soltar seus cabelos. Sua roda cármica devora o próprio tempo.

Ela proíbe a violência contra a mulher e rege as atividades sexuais, magia negra, vingança, regeneração e reencarnação.

A Lua minguante está associada a Kali. Aqui, há o domínio dos instintos, do indiscriminado. Tudo pode se transformar no seu oposto. É o momento lunar mais negado no psiquismo da mulher e está severamente vigiado para que não venha à tona. É o feminino sombrio, mas que também pode trazer iluminação à consciência. É mais uma passagem, ligada a processos de transformação.A energia de Kali simboliza o poder destruidor/criador que está reprimido em muitas mulheres que nos séculos passados se adaptaram a um modelo socialmente determinado de comportamento dependente, sedutor e guiado pelo sentimento de culpa. Só nos últimos cem anos é que a força da mulher começou a retomar contato com seu poder pessoal.

No panteão das divindades tântricas, Kali é mencionada como a primeira das 10 Grandes Forças Cósmicas porque, de alguma forma, é ela que começa o movimento da “Roda do Tempo Universal”.

Kali é equivalente à deusa grega Atena, que por muitos séculos foi honrada como deusa feroz das batalhas. O mito e adoração de Kali, reflete as forças primitivas da natureza. Estas forças estão associadas com os ciclos da mulher e estão representadas no útero feminino, o caldeirão do renascimento.

Kali é a Deusa Escura, cuja escuridão nada tem a ver com o “mal”. Muitos povos vêem o mundo com a dicotomia do claro/escuro, bem/mal. Entretanto, para o hinduismo não existem estas oposições. No pensamento hindu não existe o mal, mas há o carma. O carma é uma lei física e moral de causa e efeito e, todos os resultados cármicos são resolvidos através de múltiplas reencarnações.

Kali é uma polaridade que é evidenciada no “yin” e no “yang”, no homem e na mulher, no racional e no intuitivo, na sabedoria e na ignorância. É ainda a interativa passagem entre o real e o imaginário, o Oriente e o Ocidente, o campo e a cidade, a causa e o efeito. Kali é uma deusa mítica de memória ancestral, devidamente integrada à nossa Era Digital. (Fonte.: http://www.rosanevolpatto.trd.br)

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