O trabalho da Mãe é um trabalho oculto e misterioso. Esse mistério nasce da opção da entidade que ancora a energia da Mãe do Mundo em se velar e se retirar em termos de uma acção directa sobre a evolução do processo humano e terrestre.
As civilizações que conseguiram permanecer acima de uma rede de forças caóticas manifestam, na sua iconografia e na sua estrutura, um par real que representa uma corporificação da corrente eléctrica do universo nas suas polaridades complementares: o Rei e a Rainha.
O aspecto que ancora a energia do Filho, a energia dos arquétipos sagrados para a terra, é o Rei do Mundo. O aspecto que ancora a energia da Mente Cósmica, a técnica operativa de materialização dos arquétipos sagrados, é a Mãe do Mundo.
A energia feminina do Logos não tem como dar início ao processo criador; no entanto, uma vez o processo iniciado pelo impulso da energia masculina, a energia da Mãe recebe, multiplica e leva às máximas consequências o impulso do Rei do Mundo. Estes dois princípios, masculino e feminino, não são apenas princípios complementares mas forças que se potencializam mutuamente. O Rei e a Rainha do Mundo trabalham em colaboração, em constante troca de energia.
O Rei é a incarnação do poder generativo, do impulso ígneo vertical. A rainha funciona simultaneamente como a receptora e a transmissora do calor gerado por esse impulso. A energia da Mãe é simultaneamente receptiva, multiplicadora e dinâmica.
O Rei do Mundo…
A Rainha do Mundo…
Ora, onde se encontra a Rainha? Onde se encontra a figura que electricamente complementa o poder generativo do Rei? É importante compreender que o Rei só faz sentido num contexto de Rainha, assim como a Rainha só faz sentido num contexto de Rei… existe uma precisão etimológica na linguagem da Hierarquia.
Vamos procurar estudar o contexto mais vasto para compreender a origem, a razão de ser, a função e a missão da Mãe do Mundo. Vamos estudar a sequência de transmissão da corrente feminina universal, procurando compreender como essa transmissão acontece, procurando aceder a uma percepção abrangente, da função específica da Mãe do Mundo, compreendendo a importância da ligação dessa corrente matricial no processo evolutivo do planeta terra.
Qual a natureza da missão da Mãe do Mundo? De que forma a sua acção ancora e se exprime na terra? Vamos tentar perceber o processo que conduziu à suspensão dessa Missão, ou seja, perceber o que aconteceu para que a acção da Mãe do Mundo tenha sido suspensa? Para compreender isto teremos que mergulhar na Atlântida. Finalmente tentaremos compreender o processo de retorno da Mãe do Mundo, a nova assunção dessa função na Hierarquia e o restaurar da função complementar do Rei e da Rainha.
A Mãe do Mundo: a Mente Coordenadora da Força Planetária e a Potência Sagrada no interior da Matéria
O Pai é a vontade, o início, o impulso ígneo; o Filho, gera os arquétipos e testemunha perante o pai a evolução da criação; a Mãe é o agente dinâmico que se lança sobre a criação para a coordenação inteligente da corrente criadora. A Mãe e o Filho unem-se para a evolução da criação, para a manifestação do projecto divino na terra.
A Mãe é simultaneamente a mente e a dinâmica criadora lançada em perpétuo movimento para conduzir e coordenar toda as fases e esferas da criação.
Existem dois aspectos ligados à Mãe do Mundo: um é a Mente, o espírito director da força planetária; o outro, é a Presença da Mãe Divina dentro da matéria, a força da Mãe animando e recriando constantemente a vida no âmago da substância.
Quando se fala de Shakti refere-se um aspecto do Divino diferente de Brahman. Brahman é o aspecto transcendente, imaterial do Divino; Shakti é a Presença e a Acção da Mãe Divina agindo no âmago da substância.
Sintonia da Mente Cósmica com a mente individual:
A transparência, abrangência e criatividade da mente
A Mãe Divina gera a Mente Cósmica; esta está na origem da Mente Planetária que conduz e coordena a evolução humana e terrestre, e actua fundamentalmente procurando sintonizar a mente dos seres humanos com a corrente que a religa ao projecto da mente universal.
A Mãe do Mundo é a coordenadora da mente que, por sua vez, é a coordenadora do emocional, do físico e das forças primárias do planeta. A Mente é a coordenadora do projecto de realização da personalidade e a entidade que coordena a mente é a Mãe Divina. A Mãe está constantemente ajustando a substância da nossa mente; realizando uma sintonização e uma educação da mente, aferindo-a cada vez mais profundamente com o projecto da Mente Cósmica. A Mente é o território da Mãe Divina; actua clarificando, seleccionando os nossos pensamentos, qualificando-os através do refinamento gradual da consciência.
A Mãe Divina lança sementes criativas na mente, educa a força criativa da mente e a actividade inteligente procurando que sejamos criativos no plano mental. À medida que se processa a sintonização, a coordenação e o ajuste da mente individual com a mente planetária, esta torna-se cada vez mais transparente, criativa e abrangente.
A Função da Mãe do Mundo
Condução, Coordenação e Circulação Criativa da Força Planetária
Um planeta é antes de mais Potência; uma corrente, um tremendo caudal de força constantemente movendo e misturando entre si os quatro elementos: terra, água, ar e fogo. A Mãe do Mundo lida directamente com a Potência Planetária, com a condução, a coordenação e a circulação criativa do imenso caudal de força planetária. Esta força é Shakti-Kundalini, o potencial criativo dos 4 elementos.
Quando o aspecto Brahman do divino é incorporado na matéria e anima o âmago da substância, chamamos a essa função operativa da consciência/força, a Mãe do Mundo. A Mãe do Mundo é essencialmente operativa, lida com a percepção, a condução e a distribuição da força; representa a capacidade feminina de expandir e fazer circular criativamente a força planetária.
Então, temos estes dois aspectos ligados à função da Mãe do Mundo:
A função coordenadora da Mente na condução da força. A Mãe Divina, a mente directora cósmica, conveccionando-se na Mãe do Mundo, a mente planetária que por sua vez cria um foco dessa mesma convecção na mente individual de cada ser humano.
É claro que o pensamento pode estar condicionado por forças automáticas e logo anti-criadoras, no entanto, à medida que a substância mental se sintoniza à Mente da Mãe, a mente individual torna-se uma mente criadora e produtiva. A mente tem um imenso potencial criador que é o poder propulsor da Mãe Divina actuando ao nivel mental.
O Pai está associado à mónada; o Filho está associado à alma e ao Eu superior; a Mãe é a coordenadora da dinâmica da mente, está associada às qualidades de clareza, lucidez e transparência da Mente mas também à sua tremenda potência criativa.
É importante não confundir Mente com a função lógica racional – a lógica racional é apenas uma das funções da mente. Ora, a mente que a Mãe visa, a mente através da qual a Mãe actua, a mente que a Mãe vai gradualmente educando e calibrando é por um lado a mente lúcida e por outro a mente criadora.
O que é importante compreender é que muitas vezes a corrente de Luz e Amor da alma e a corrente de Glória da mónada não conseguem actuar sobre nós se a mente estiver estagnada. Por vezes observamos, em certos ambientes espirituais, que a aspiração a unir-se com a radiação de luz do Eu superior é tão forte que o plano mental começa a estagnar.
No entanto, enquanto o plano mental não é iluminado instala-se um hiatus entre a personalidade e os planos de luz na 4ª e 5ª Dimensão. O trabalho no plano mental é essencial para a articulação e coordenação entre os níveis superiores do Ser – Eu Superior, Mónada e o plano da Personalidade.
Alguns ambientes espirituais correm o risco de confundir o verdadeiro silêncio contemplativo da Mente iluminada com um estado de estagnação ou inércia da mente.
O plano da mente não é para ser superado, não é para ser silenciado mas para ser iluminado. A iluminação do plano mental realiza-se através de uma absorção progressiva da mente individual na mente universal; este processo de universalização gradual da mente vai tornando a consciência cada vez mais transparente e abrangente; vai dilatando cada vez mais as concepções que o ser tem de si mesmo e da realidade.
Este estado de abrangência e dilatação da mente é tudo menos estagnação. A iluminação do plano mental intensifica a criatividade e a produtividade da mente; aumenta a lucidez e eficiência na penetração dos problemas. Um ser cuja mente é iluminada é um ser mentalmente lúcido, criativo e consequente.
A Mãe estimula o processo de iluminação da mente, sintonizando-a a cada vez mais profundamente com a abrangência da sua própria Mente universal.
Estagnar a dinâmica criativa da mente, parar este processo de iluminação progressiva da mente é das coisas mais perigosas que existe. Pois se a mente estagna o ser não tem meio de coordenar os planos superiores com o nível operativo da personalidade. Ora é justamente esta função coordenadora da mente que a Mãe está constantemente a estimular em cada ser.
A inércia no plano mental traduz-se em inércia emocional e física. Um ser mentalmente inerte acumula em si uma enorme quantidade de energia emocional e física. Quando a energia emocional e física não consegue encontrar vias mentais criativas começa a acumular-se nos chacras sub-diafragmáticos, estagna e desorganiza-se.
A energia mental criativa corresponde à activação dos centros energéticos frontais: Ajna e Laringe. A laringe é o centro a partir do qual projectamos uma visão criativa no espaço. O centro energético da laringe cria uma ressonância no éter que imprime e plasma a visão criativa da mente no espaço. Uma pessoa que tem o centro da laringe bloqueado pode falar muito mas não cria, ou seja, a ideia veiculada nas suas palavras não cria efeitos vibracionais no espaço etérico. Um ser que tem esse centro energético liberto pode falar pouco e criar muito com o pouco que fala.
É a associação entre a activação da visão no centro energético do Ajna – visão que nasce da conexão da mente com a mente cósmica – e a transmissão dessa visão, a sua plasmagem no espaço etérico através do centro da laringe que é criadora, geradora de futuro.
Nestas condições de abertura energética, a dinâmica da mente associa visão, informação e radiação. A visão da Mente, veiculada pela ressonância da palavra e da voz activam a circulação da força da Mãe. A palavra, transmissora da dinâmica mental, torna-se operativa.
Neste trabalho, a abertura e a receptividade do coração são factores essenciais, no entanto, se a mente não é criativa e operativa, se o ser se descoordena e dessincroniza em relação ao fluxo da mente da Mãe do Mundo, a força pode até ser contactada mas perde o seu instrumento de condução. O coração é uma câmara de conexão com a força sagrada mas a mente é um instrumento de condução e coordenação da força em função de um projecto.
A Conexão da Mente com níveis superiores de concepção do ser humano e da existência na terra
O trabalho espiritual da Mente é o trabalho que gradualmente sincroniza a mente com o plano evolutivo que a Mãe do Mundo coordena e opera a cada momento na terra.
Com efeito, o trabalho da Mãe não consiste tanto em sintonizar as mentes com níveis superiores de silêncio ou de contemplação, mas sim em elevar a mente ligando-a a níveis superiores de concepção. São esses níveis, através dos quais a mente se projecta numa concepção criativa, que são operativos no projecto de actualização do ser humano e de construção de novas formas de existência na Terra.
A Mãe Divina projecta-se como Mãe do Mundo, como mente planetária e estimula nas mentes as concepções superiores do ser humano e da vida na terra. A mente coordenadora da Mãe está constantemente a operar através das mentes criativas do planeta para que a força planetária possa ser reconduzida através de veios evolutivos. MahaSaraswati corresponde ao movimento dinâmico da Mãe impulsionando a mente para esses níveis superiores de concepção a partir dos quais se pode operar uma coordenação eficaz e uma condução eficiente das grandes correntes de força que se movem no planeta.
O instrumento que a Mãe utiliza para conduzir e coordenar a força planetária é a actividade mental, a força criadora da Mente.
Com efeito, o controlo da força planetária, a coordenação harmónica destas correntes, a condução criativa destes imensos caudais de energia viva que dinamizam os 4 elementos, não se realiza apenas pela conexão com o Eu Superior ou com a Mónada. Sem o elemento simultaneamente coordenador e criador da mente a condução da força planetária não pode ser realizada.
O magnetismo do coração e a dinâmica criadora da Mente
Planos de transferência e coordenação entre as radiações superiores e a condução da força
Existem dois planos que permitem a transferência, a articulação e a coordenação entre as radiações superiores e a condução da força dos quatro elementos sem a qual não existe manifestação: o magnetismo do coração e a dinâmica criadora da mente.
Um ser cujo coração não está receptivo não consegue receber e doar uma identidade própria, uma expressão singular à força planetária. No entanto, a receptividade do coração não é suficiente para coordenar e conduzir a força.
Quanto mais estagnada e inerte está a dinâmica da mente, quanto menos desperta está a sua função criadora e coordenadora, mais a força dos quatro elementos se encontra num estado caótico ou de estagnação no interior do ser. Quando a mente estagna a força deixa de ter condutor.
O ser humano, na substância dos seus corpos, é composto pelos mesmos elementos que compõem o planeta: o elemento terra corresponde aos diferentes elementos prânicos que circulam no corpo físico; o emocional corresponde ao elemento água; o mental corresponde ao movimento do ar; o fogo é o estado de entusiasmo no qual as coisas estão acesas e vibram um grau de intensidade que atribui significado à vida.
Os 4 elementos de que somos compostos vêm da potência de Shakti-Kundalini, que emerge do interior da Terra numa dinâmica quádrupla. O controlo da força planetária implica uma coordenação inteligente do movimento destes 4 elementos, a sua condução a partir projecto evolutivo da Mente Planetária.
Então, existe uma acção dupla da Mãe do Mundo: por um lado, a energia da Mãe coordena a mente planetária que por sua vez coordena criativamente a mente individual.
Por outro lado, a acção da Mãe gera uma corrente de potência que penetra no âmago da matéria e liberta, conduz, organiza, coordena entre si os 4 elementos para a manifestação criativa da vida. Ou seja, a acção da Mãe simultaneamente liberta e dinamiza a potência dos 4 elementos e coordena a sua circulação a partir da dinâmica criativa da mente.
A função da Mãe do Mundo:
Coordenação, Condução da força planetária em função do
projecto Evolutivo da Humanidade
A propulsão da mente criativa da Mãe estimula em nós concepções superiores de ser, de estar e de existir. A sua acção consiste em:
– libertar e dinamizar a potência dos 4 elementos que compõem a dança criativa da existência
– coordenar e conduzir a força dos elementos, as energias fundamentais da personalidade, direccionando-as a partir de um plano evolutivo, um projecto superior de concepção do ser e da existência.
O plano da Mente não significa complexidade intelectual, sofisticação ou racionalização. Quando o ser não desenvolve dinamismo e criatividade mental para coordenar e conduzir as forças emocionais e físicas em função de um projecto, estas começam a acumular e estagnam dentro do ser: acumular terra resulta em vitalidade não expressa; acumular água resulta em bloqueios ou excessos emocionais que não deixam fluir de forma livre a intensidade do sentimento e do amor pela vida; acumular ar resulta em ideias que não se realizam, visões criativas que não encontram vias de concretização.
Existem três níveis energéticos através dos quais o amor se exprime no coração: o nível primário das emoções, o nível em que o coração é expressão da dinâmica do ser psíquico e o nível mais interno e profundo do coração onde vive a energia crística, a corrente de Amor-Sabedoria. É a qualidade de transparência e lucidez da mente que gradualmente estrutura e coordena a energia emocional e física. O amor é uma força tremenda; no entanto é na medida que se associa às qualidades da mente que essa força se vai estruturando e dando emergência ao Amor-Sabedoria.
A Mãe do Mundo, no acompanhamento que realiza no nosso processo evolutivo, estimula a transferência gradual da psique infantil para as profundidades do Amor Crístico através de um processo de amadurecimento da energia e do significado do amor no ser psíquico. Só depois de um longo processo de psiquização, através do qual a energia do amor amadurece gradualmente dentro de nós, chega o momento de um contacto efectivo com as vibrações do Amor Crístico. À medida que o ser psíquico se desenvolve, um refinamento cada vez mais profundo vai acontecendo nas emoções; uma sensibilidade cada vez mais qualitativa emerge no interior do ser e prepara o ancorar do Amor Crístico.
Sempre que o canal do coração e da mente criativa não estão abertos, as energias fundamentais dos 4 elementos estagnam ou entram num estado de desordem e de caos no interior do ser.
A abertura da câmara do coração e do canal da mente criativa
A mente de cada ser está progressivamente a ser alinhada, sintonizada e calibrada pelo espírito director universal – a Lux Aeterna, a dinâmica de coordenação da Mãe Divina. Ora, o que é que põe a nossa mente em movimento? Um projecto! Se não existir um projecto que faça convergir e permita coordenar a energia da mente, ela está constantemente a colapsar sobre si própria. A mente é como uma fonte constantemente a jorrar energia mental. Se esta força criadora da mente não é direccionada, coordenada e conduzida em função de um projecto, torna-se caótica, dispersiva e descontrolada.
A Mãe Divina coloca o dom, a dinâmica criadora e a força directora de um projecto na Mente. Daí a importância do ser cuidar do seu projecto e do seu dom. Enquanto o ser está a viver o seu dom e a investir o seu projecto, a mente mantém a sua dinâmica criativa e a sua força estruturante.
A energia primordial da Mãe Divina na matéria – Shakti – diferencia-se e dá origem aos 4 elementos. Esta força poderosa precisa ser coordenada pelo coração e orientada pela dinâmica criativa da mente em função de um projecto de realização do ser. Toda a energia não expressa mas também toda a potência liberta sem coordenação, vira-se contra o próprio ser. O ser é potência e se esta não está integrada aos seus condutores, se não circula de forma ordenada, se não está coordenada em função do projecto profundo de realização do ser torna-se destrutiva.
A Mãe do Mundo para funcionar como condutora e coordenadora da força planetária transforma-se em:
Lux Aeterna – o 3º aspecto da trindade- manifestando-se como Mente Cósmica. Como Mente Cósmica a Mãe é iluminadora; a sua acção corresponde ao circuito descendente da Luz que plasma na mente as concepções superiores do ser e de existência na terra. Nesta função, a Mãe actua enquanto uma dinâmica iluminadora, uma corrente de luz branca que impregna a substância mental de uma qualidade de lucidez e transparência. A acção da Mãe actua como um orvalho de Luz que cura, clarifica, ordena e torna progressivamente transparente a substância da mente, das emoções e do corpo. As Mãos de Maria representam este caudal de luz cristalina descendo sobre a mente, sobre a substância emocional e sobre as células do corpo físico.
No profundo da substância, a força da Mãe é Shakti-Kundalini, a Deusa na matéria, a potência de vida operando uma regenese constante na substância.
O Processo de Iluminação da Mente:
A absorção gradual da mente individual na abrangência da mente universal
O processo de iluminação da Mente realiza-se através do alinhamento e da calibragem progressiva da mente relativa e individual com a mente universal. Trata-se do processo de coordenação gradual entre as verdades relativas e a verdade absoluta. À medida que a mente se torna abrangente vai perdendo virtualidade e ganhando realidade.
O poder coordenador da Lux Aeterna sintoniza gradualmente a mente individual com a abrangência da mente absoluta da Mãe.
O trabalho de Lux Aeterna é ir gradualmente absorvendo a substância da mente na verdade da mente universal. No entanto, do ponto de vista do projecto da Mãe, a iluminação não serve apenas para manter a mente num estado contemplativo mas para, a partir de uma visão cada vez mais lúcida e clara, coordenar, organizar e conduzir as 4 forças de Shakti-Kundalini em direcção ao projecto de manifestação da realidade divina na terra. Sem mentes dinâmicas, a luz, a paz e a verdade são concepções contemplativas que nunca chegam a um estado de realização efectiva.
Fonte: André Louro