Profecias dos Incas Q’ero
Quem são os Incas Q’ero?
Os Q’eros
Os Q’ero são uma tribo composta de 600 pessoas que procuraram refúgio em altitudes acima de 4.200 metros, a fim de escapar dos conquistadores espanhóis. Viviam em suas aldeias no alto dos Andes, praticamente isolados do mundo até sua “descoberta” em 1949.
Nesse mesmo ano, um antropólogo, Oscar Nuñez del Prado, foi num festival em Paucartambo, no vale das encostas orientais dos Andes, no sul do Peru, onde se encontrou com dois nativos que falavam quíchua fluentemente, a língua dos Incas. Esses nativos deram informações ao antropólogo e a partir disso aconteceu a primeira expedição ocidental as aldeias em 1955.
Após 4 anos da expedição, em 1959, sem aviso prévio, os Q’ero desceram do topo da montanha nafesta anual “O Retorno das Plêiades”, que ocorre nos Andes com a presença de 70 mil peregrinos de toda América do Sul. Essa tribo não era vista há 500 anos, e sua aparição no festival emocionou a todos. Eles trajavam o emblema do sol no peito, tal como os antigos Incas, e assim desfilaram por toda a festa. Esse foi um momento único na história recente dos Andes.
A cultura Inca nunca chegou a morrer em meio a população indígena dos andes, mesmo que os espanhóis tivessem se esforçado para impor seus costumes – um exemplo disso são as construções em Cuzco, antiga capital do império Inca, onde construções espanholas foram feitas sobre as incas, como no caso do templo do sol, que deu lugar a uma Igreja. A mensagem é simples, o novo sobre o velho, a cultura espanhola acima da inca. Porém, quase 500 anos depois da conquista dos Incas por parte dos espanhóis, o reaparecimento da tribo Q’eros, que ainda viviam de acordo aos costumes da civilização Inca, foi um sopro de esperança de que a cultura de uma das mais impressionantes civilizações humanas ainda estava preservada.
Mas a aparição dos Q’eros se deu por conta de um alerta que eles tinham a fazer. Eles desceram as montanhas por acreditar que os sinais de um tempo de mudança foram cumpridos. “As lagoas altas das montanhas secaram, o condor é quase extinto e o Templo de Ouro foi descoberto, representando a ira do Sol.”. O Templo de Ouro foi descoberto após o grande terremoto de 1949. Todos esses eventos juntos representavam um sinal.
Pachacuti
Diz a lenda que Pachacuti foi um grande Inca que viveu no final do século XIV. Diz-se que ele construiu Machu Picchu e foi o arquiteto de um império próspero, enigmático e altamente desenvolvido. Para os Incas, Pachacuti é um protótipo espiritual do Mestre, uma luz fora do tempo. Ele era um Salvador, como um símbolo e uma promessa de que podemos nos tornar. Ele incorpora a essência das profecias de Pachacuti como Pacha, significando “terra” ou “tempo” e Cuti significa “colocar as coisas no lugar.” Seu nome também significa “transformador da terra.”
As Profecias Pachacuti são conhecidas nos Andes. Há aqueles acreditando que as profecias referem-se ao retorno de Rei Pachacuti, para derrotar aqueles que usurparam a terra dos Incas. Mas de acordo com Dr. Villoldi, o retorno de Pachacuti está ocorrendo em um nível coletivo, sendo aquilo que a humanidade está se tornando, aquilo que envolve as pessoas.
As profecias Q’eros
As profecias referem-se ao fim dos tempos de um modo de pensar: sobre a morte, o ser, a natureza e a terra. As profecias também falam de um tempo de tumultos na matéria e na psique da humanidade, nos relacionamentos e espiritualidade.
Dizem que os portões entre os mundos estão se abrindo, estando próxima uma nova era de esclarecimento sobre as capacidades humanas.
Os xamãs dizem: “Sigam as sua próprias pegadas, aprendam com os rios, árvores e pedras. Honra a Mãe Terra, o Grande Espírito. Respeitem a si mesmos e toda a criação.”
O paradigma da civilização européia vai continuar a entrar em colapso, e a maneira do povo das civilizações antigas da Terra vai voltar. Mais importante ainda, os anciãos falam sobre um rasgo no tecido do tempo. Isto representa uma oportunidade para que vejamos quem fomos no passado, e quem estamos nos tornando.
Em Novembro de 1996, um pequeno grupo de Q’eros (incluindo o líder tribal e o xamã principal) visitaram várias cidades dos EUA, incluindo New York, onde realizou-se uma cerimônia privada na Catedral de St. John the Divine.
De acordo com uma antiga profecia, este é o momento do grande encontro chamado “mastay” e reintegração dos povos dos quatro pontos cardeais. O povo Q’ero estão oferecendo seus ensinamentos para o Ocidente, em preparação para o dia em que a Águia do Norte e o Condor do Sul (Américas) voarão juntos novamente.
Eles acreditam que Munay (integração através da música e da caminhada na estrada do autoconhecimento), amor e compaixão, será a força motriz dessa grande união dos povos.
O ritual
Karpay Mosoq representa o fim do relacionamento que temos com o tempo. É um processo do coração. Este processo é considerado mais importante do que as profecias em si.
O Karpay planta a semente do conhecimento, a semente de Pachacuti no corpo luminoso de seu recipiente. Depende de cada pessoa cuidar e regar a semente para esta crescer e florescer.
Os Karpays conectam as pessoas com antigos conhecimentos e poderes Incas, e somente se convocado por uma tribo é possível conseguir tal conhecimento.
Finalmente, este poder pode fornecer o impulso para um dar um salto para dentro do corpo de um Inca, um luminoso. Essa pessoa estará diretamente relacionada com as estrelas, o Sol Inca da cosmologia.