Fiar e tecer, as artes mágicas femininas e maravilhosas associações
Fonte: Editado – Mirella Faur – http://www.teiadethea.org/
Fiar e tecer são antigas artes mágicas femininas e aparecem nos mitos de várias deusas como expressão dos Seus poderes proféticos, criativos e sustentadores dos ciclos lunares, das estações e da vida humana. Tendo o fuso como símbolo de poder, a Deusa como Fonte Criadora controlava e mantinha a ordem cósmica, os ciclos naturais e a continuidade do mundo. Fiar é um processo cíclico assim como também é a alternância das fases lunares, das estações, da vida e da morte, do início e do fim. Inúmeros mitos descrevem deusas tecendo com fios sutis o céu, o mar, as nuvens, o tempo, os elementos da natureza, os ciclos e os destinos dos seres humanos.
As Senhoras do Destino de várias tradições – conhecidas como as Parcas gregas, as Moiras romanas, as Nornes nórdicas ou as Rodjenice eslavas – tinham como símbolo mágico o fuso, a roda de fiar, os fios e a tessitura. Elas fiavam, mediam e cortavam o fio da vida, entoando canções que prediziam os destinos dos recém nascidos e apareciam como deusas tríplices ou tríades de deusas idosas, envoltas por mantos com capuz ou vestidas de branco, preto ou com idades diferenciadas pelas cores das suas roupas (branco, vermelho, preto).
A confecção de roupas de algum tipo de material tecido fazia parte das atividades femininas desde a descoberta paleolítica de preparação de fios, torcendo pequenos filamentos de fibras naturais. Com este método eram preparadas cordas para amarrar, redes, armadilhas, roupas e cobertas. A descoberta do ato de fiar pode ser comparada em importância nas artes domésticas com a introdução da roda nas atividades agrícolas.
A mais antiga tessitura foi encontrada na estatueta neolítica de Lespugue, datada de 20.000 anos a.C. cuja figura feminina chamada de Vênus usa um “avental” de fios torcidos amarrados com uma tira na cintura. Os fios com as extremidades desfiadas indicam a sua origem vegetal ou animal, modelo semelhante à saia de uma jovem, cuja múmia da Idade de Bronze (14000 a.C.) foi encontrada em um tronco de madeira nos pântanos de Dinamarca e que está exposta atualmente no Museu Real de Copenhague.
Seus ossos desapareceram, mas seus cabelos, roupas e objetos de madeira foram preservados pela acidez do solo. A saia era do tipo envelope, com tiras trançadas e presas na cintura e terminando com uma fileira de nós amarrando conchas e pedrinhas, que tilintavam com o balanço dos quadris ao andar. Acredita-se que este tipo de saia – encontrada também em outros túmulos – não era para o uso comum, possivelmente tinha um significado místico e usada em ritos de passagem (menarca, casamento, gravidez). Resquícios deste tipo de avental e enfeites se encontram nos trajes folclóricos dos Bálcãs e nas saias com franjas das camponesas de Macedônia, cujos bordados têm formas de losangos, reconhecidos símbolos de fertilidade.
Cintos decorados e usados com objetivos mágicos são citados na Ilíade (coletânea de poemas de Homero), como no mito de Hera, que pegou emprestado o cinto mágico de Afrodite (cujos bordados enfeitiçados despertavam desejo e amor) para seduzir Zeus. Cintos longos tecidos de lã vermelha e com franjas nas extremidades – chamados zostra – eram heranças preciosas das mulheres européias, que passavam de mãe para filha e eram usados nos partos difíceis, sendo colocados nos ventres das parturientes, assim como era feito com a reprodução do cinto mágico da deusa celta Brigid (chamado brat) que facilitava a concepção e o parto.
Temos, portanto, exemplos de roupas tecidas com fins mágicos de proteção e fertilidade desde tempos muito remotos, usadas pelas próprias deusas e que podiam ser “emprestadas” em ocasiões especiais. Na Grécia as deusas teciam e encorajavam as mulheres nessa arte mágica, como comprovam as lendas de mulheres sobrenaturais Circe e Calipso, os mitos da deusa Ártemis, Afrodite e principalmente Athena, exímia tecelã, que ensinou a tecelagem para Penélope e Helena e teceu as roupas de Pandora, após ela ter sido criada pelos deuses.
A lã era o principal material usado na Grécia e no Norte europeu, enquanto no Egito as roupas eram feitas de linho e cânhamo, o linho tendo sido usado em Anatólia desde 7000 anos a.C. e destinado para roupas, toalhas e faixas para embalsamar múmias.
No Norte europeu a tecelagem era praticada desde a Idade de Bronze usando lã, cânhamo, linho ou outras fibras, resultando em tecidos de boa qualidade como comprovam os achados dos túmulos e sítios arqueológicos. Durante pelo menos 9000 anos as mulheres passaram os meses de invernos fiando e tecendo e seus tecidos serviam como moeda de troca no intercâmbio com outros países. Somente no século 12 o tear horizontal substituiu o fuso e a roda de fiar e confrarias masculinas foram aos poucos assumindo a tecelagem em grande escala. Porém, as mulheres continuaram a fiar e tecer nas suas casas, mantendo assim vivas as lendas e tradições da tecelagem como uma arte mágica feminina.
Um antigo método de tecer, usando pequenas tábuas furadas no meio e giradas com as mãos, era usado pelas videntes da Irlanda para prever o resultado das batalhas e os cataclismos naturais. O fuso era usado também como arma feminina nas disputas domésticas para se defenderem da violência masculina, além de ser o principal meio para ganhar o seu sustento. Além de roupas e lençóis, as mulheres teciam também tapeçarias para as paredes, com cenas míticas ou de guerra e que adornavam palácios e templos. Essas cenas tecidas pelas mulheres de várias épocas históricas e diversos lugares, não apenas divulgavam os mitos quando expostas em datas festivas, mas influenciaram a sua interpretação histórica posterior.
Na Escandinávia, Alemanha e os países bálticos permaneceram várias superstições e proibições ligadas ao ato de fiar, bem com certos dias dedicados às deusas, quando era proibido fiar, tecer ou costurar, talvez para proporcionar um merecido descanso após a labuta diária. As lendas das deusas Holda, Perchta, Holle, Latvia, Habetrot – que puniam as preguiçosas com seus fusos – na verdade serviam como incentivo para que o trabalho fosse bem feito e prometiam recompensas para aquelas que se esmeravam na sua arte. A deusa padroeira das fiandeiras existiu em várias tradições como a egípcia (Ísis), alemã (Holle, Perchta), basca (Mari), lituana (Laima), italiana (Befana), eslava (Baba Yaga, Mokosh), japonesa (Amaterassu), grega (Ártemis, Athena), nórdica (Frigga), báltica (Saule, Sunna, Rana Neida), além da Rainha das Fadas de França, Espanha, Irlanda, Inglaterra.
As figuras sobrenaturais – que persistiram nas tradições femininas até o século 20 – guardam certas características das antigas deusas da fertilidade, cujas bênçãos eram procuradas por moças e mulheres adultas e cuja ira se direcionava contra aqueles que as exploravam ou maltratavam. As histórias contadas nas longas e escuras noites de inverno preservaram o legado ancestral, que permanece nos contos de fadas e nas imagens das fadas benévolas ou vingativas. Em diversas bracteate de ouro do século 6 encontradas na Alemanha e usadas como amuletos, aparecem figuras femininas segurando objetos ligados ao fiar e tecer, reminiscências das deusas pré-cristãs.
No tempo dos Vikings o predomínio das permanentes batalhas nas lendas associou as atividades de fiar e tecer com os presságios dos desfechos dos combates e dos sinais do destino. Em um poema norueguês do século 11 descreve-se uma cena dramática em que doze Valquírias tecem entranhas humanas sobre um tear feito de espadas e caveiras e cuja canção pressagia o fim funesto de uma batalha e a morte de muitos guerreiros. O poema talvez mesclasse as figuras das Nornes com as Valquírias, que também aparecem em outros mitos com a missão de prever ou determinar o resultado das batalhas e a escolha daqueles que iriam morrer. Ecos das deusas tecelãs existem no cristianismo, como são vistas nas cenas da Anunciação de vários afrescos, onde Maria aparece segurando um fuso e o fio passa iluminado acima da cabeça de Jesus, enfatizando a ligação entre o ato de fiar como símbolo do destino, da vida e do nascimento da criança divina.
O papel importante desempenhado pela tecelagem na vida das mulheres ao longo dos milênios e o processo pelo qual o fio é criado pelo giro do fuso e da roda, seguido do ato de tecer vários padrões em diversas cores, o tornaram um símbolo mítico efetivo na criação da ordem cósmica e na determinação dos destinos humanos. Tecer é um ato criativo e expansivo, fios, cordas, redes e tecidos foram usados como símbolos da criação do mundo e da vida humana. As mulheres antigas o associavam com o nascimento da criança para um futuro desconhecido, um elo evidente entre tecer e parir, o cordão umbilical sendo o elo que ligava a mãe ao filho e que devia ser cortado para que uma nova vida começasse, cujo fio também iria ser cortado pela tesoura das Senhoras do Destino no momento da morte. As esperanças e os medos atávicos das mulheres perante os mistérios da gravidez e do parto as fizeram apelar, honrar e reverenciar a Deusa como a Grande Tecelã da vida e da morte.
A herança folclórica da tecelagem foi ignorada e mal compreendida por muito tempo pelos historiadores homens, apesar de ser a mais valiosa arte feminina até o começo da revolução industrial no século 18, que levou a seu esquecimento no mundo moderno. Nos contos de fada o fuso é mais do que uma ferramenta, ele é o elo mágico entre o mundo sobrenatural e o humano; em várias lendas as moças pediam a ajuda das fadas madrinhas untando o fuso com seu sangue menstrual e depois “pulavam em um poço ou entravam em uma gruta”. Estes misteriosos atos são lembranças dos antigos rituais xamânicos em que se ofertava algo a Deusa e depois se buscava a conexão com um transe, que dava a sensação de cair no vazio ou penetrar no mundo das sombras.
As tecelãs atraiam criaturas sobrenaturais (fadas, elfos, goblins, anões) que as ajudavam obter prosperidade, por isso aquelas que sabiam tecer eram mais cobiçadas como parceiras pelos homens do que as bonitas, pois a sua arte iria garantir a sobrevivência nas épocas difíceis. Por ser o fuso um símbolo feminino e atribuído a várias deusas, criou-se a associação entre fiar, seres sobrenaturais e magia. Os teutões atribuíram às mulheres atributos mágicos devido ao uso dos feitiços e encantamentos tecidos com habilidade nas noites de lua cheia ou nova, enquanto os saxões chamavam suas mulheres de “tecelãs da paz”.
Fontes muito antigas descreviam a deusa anciã como Tecelã e Senhora do Destino, enquanto as Senhoras Brancas se deslocavam nas noites de lua cheia carregando fusos, predizendo a sorte ou dando mensagens às mulheres reunidas nos círculos de menires ou próximo aos locais de poder da terra. As camponesas européias deixavam meadas de lã ou linho nestes lugares junto com oferendas de pão e manteiga; na manhã seguinte o pão tinha desaparecido e os fios tinham sido tecidos. As mulheres da tribo nativa dos sami da Lapônia untavam suas rodas de fiar com sangue menstrual, pedindo as bênçãos da deusa Rana Neida para a produtividade do seu trabalho.
Vários monumentos megalíticos de Bretanha, Inglaterra, Portugal, Bretanha, Espanha, Irlanda, Malta são consideradas obras das Fadas Gigantes, que carregavam as pedras nas suas cabeças enquanto fiavam e cantavam. Muitos destes lugares têm nomes associados às fadas tecelãs ou ao fuso e roda de fiar. Na Irlanda conta-se que várias colinas e ilhas foram cridas pela anciã Cailleach, que levava pedras no seu avental e as espalhava a seu gosto pela terra. Essa ligação entre seres sobrenaturais, menires e locais de poder telúrico levou à sua “demonização” pela igreja cristã, que as denominou de “pedras do diabo”, onde as bruxas teciam suas maldições e feitiços malígnos.
A aranha é vista como uma intermediária entre o céu e a terra, no seu trabalho infinito de fiar, capturar, desfazer e renovar sua teia, por isso ela simboliza a alternância das forças que sustentam a estabilidade cósmica. Jung a considerou símbolo do Self, a parte da personalidade que inclui e integra o subconsciente e o consciente, o claro e o escuro, a luz e a sombra. Em vários mitos a deusa criadora aparece como aranha: A Mulher Aranha dos índios hopis e navajos, as deusas lunares da Indonésia, as guardiãs do tempo e do destino da Índia e a deusa da morte dos Mares do Sul.
Os círculos sagrados femininos têm como objetivo principal a formação e sustentação de uma teia feminina de conexão e de reverência à sacralidade feminina, cujos fios estão sendo tecidos, fortalecidos e renovados permanentemente por todas aquelas mulheres que se dispõem celebrar, honrar e servir à Deusa sob Suas inúmeras faces e manifestações. Esse serviço deve ser feito sem qualquer apego aos resultados e frutos dos seus esforços, assim como também as antigas tecelãs cumpriam apenas a sua tarefa ancestral visando o bem estar das suas comunidades.
Para servir precisa abrir o coração com a vontade de contribuir com a beleza, a plenitude e a alegria do trabalho bem feito, em benefício de outras irmãs e da Terra, oferecendo à Deusa a sua gratidão e o seu amor, sem esperar em troca reconhecimento, recompensas ou sucesso, com a certeza de ter cumprido a sua missão espiritual e evolutiva nesta encarnação.
Na mitologia nórdica, os Norns (pronunciados como “normas” com um “n” em vez do “m”; Nórdico antigo Nornir) são seres femininos que criam e controlam o destino . Isso os torna as entidades mais terrivelmente poderosas do cosmos – mais até mesmo do que os deuses, uma vez que os deuses estão sujeitos ao destino como todo e qualquer ser.
De acordo com uma descrição dos Norns no poema em nórdico antigo Fáfnismál, há muitos deles e ninguém sabe o número exato. Alguns deles vêm dos deuses, outros dos elfos e ainda outros dos anões . [1] O poema Völuspá , no entanto, tem outro relato mais grandioso deles que (talvez merecidamente) se tornou a imagem padrão que as pessoas hoje associam aos Norns.
Em Völuspá, as Norns são seres misteriosos que não parecem vir de nenhum dos tipos conhecidos de seres que povoam o outro mundo nórdico . Eles parecem ser uma categoria própria. Existem exatamente três deles, e seus nomes sugerem sua capacidade de construir o conteúdo do tempo: um é Urd (Old Norse Urðr, “O Passado”, e uma palavra comum para o destino em si), o segundo Verdandi (Antigo Norse Verðandi , “O que está surgindo atualmente”) e o terceiro Skuld (Old Norse Skuld , “What Shall Be”). Eles vivem em uma sala perto de um poço ( Urðarbrunnr , “Well of Fate”) abaixo de Yggdrasil, a poderosa árvore no centro do outro mundo nórdico, que mantém os nove mundos em seus galhos e raízes. [2]
Várias imagens diferentes são usadas para a atividade de elaboração do destino dos Norns em toda a literatura nórdica antiga. Os três mais comuns são lançar lotes de madeira [3] , tecer um pedaço de tecido [4] e entalhar símbolos – provavelmente runas – na madeira. [5]
Uma pessoa lamentando seu destino é um elemento relativamente comum na literatura nórdica antiga, e na literatura germânica antiga e medieval de forma mais ampla, então podemos ter certeza de que, se os vikings pensaram que seria possível fazer uma petição produtiva aos Norns para mudar seus destinos, eles teriam. Mas, na visão nórdica, o destino era cego e totalmente implacável. Você não poderia mudar isso; tudo o que restou a você foi decidir a atitude com a qual você enfrentaria o que quer que o destino trouxesse.
Referências:
[1] The Poetic Edda. Fáfnismál, estrofe 13.
[2] The Poetic Edda. Völuspá, estrofe 20.
[3] Price, Neil. 2002. The Viking Way: Religion and War in Late Iron Age Scandinavia. p. 56
[4] Ibid.
[5] Davidson, HR Ellis. 1988. Myths and Symbols in Pagan Europe: Early Scandinavian and Celtic Religions. p. 164
YGGDRASIL
Yggdrasil (Yggdrasill ou Askr Yggdrasils) é a árvore poderosa cujo tronco se eleva no centro geográfico do cosmos espiritual nórdico . O resto desse cosmos, incluindo os Nove Mundos , está organizado em torno dele e mantido unido por seus ramos e raízes, que conectam as várias partes do cosmos umas às outras. Por causa disso, o bem-estar do cosmos depende do bem-estar de Yggdrasil. Quando a árvore estremece, isso sinaliza a chegada de Ragnarok , a destruição do universo. [1]
O primeiro elemento no nome de Yggdrasil, Yggr (“Terrível”), é um dos incontáveis nomes do deus Odin e indica o quão poderoso e temível os Vikings o percebiam. O segundo elemento, drasill , significa “cavalo”. Portanto, o nome de Yggdrasil significa “Cavalo de Odin”, uma referência à época em que o Terrível se sacrificou para descobrir as runas . A árvore era sua forca e carregava seu corpo flácido, que a imaginação poética nórdica descreveu metaforicamente como um cavalo e um cavaleiro. [2]
Na literatura nórdica antiga , costuma-se dizer que Yggdrasil é um freixo, [3] mas, em outras ocasiões, diz-se que ninguém conhece a espécie a que pertence a magnífica árvore. [4] Tal como acontece com tantos aspectos da mitologia e religião nórdica, não parece ter havido nenhum consenso absoluto sobre isso durante a Era Viking.
Nas palavras do antigo poema nórdico Völuspá , Yggdrasil é “o amigo do céu claro” [5], tão alto que sua coroa fica acima das nuvens. Suas alturas são cobertas de neve como as montanhas mais altas, e “o orvalho que cai nos vales” desliza de suas folhas. [6] Hávamál acrescenta que a árvore é “ventosa”, cercada por ventos fortes e frequentes em suas alturas. “Ninguém sabe onde estão suas raízes”, [7] porque elas se estendem até o submundo, que ninguém (exceto os xamãs ) pode ver antes de morrer. Os deuses realizam seu conselho diário na árvore. [8]
Diz-se que vários animais vivem entre os galhos e raízes robustas de Yggdrasil. Em torno de sua base se esconde o dragão Nidhogg e várias cobras, que roem suas raízes. Uma águia sem nome empoleira-se em seus galhos superiores, e um esquilo, Ratatoskr (“Drill-Tooth” [9] ), corre para cima e para baixo no tronco transmitindo os insultos do dragão à águia e vice-versa. Enquanto isso, quatro veados – Dainn, Dvalinn, Duneyrr e Durathror – pastam nas folhas da árvore. [10]
Por mais divertidos que alguns desses animais e suas atividades possam ser, eles têm um significado mais profundo: a imagem da árvore sendo mordida aos poucos por vários animais expressa sua mortalidade e, com ela, a mortalidade do cosmos que dela depende. [11]
As fontes nórdicas antigas fornecem relatos vívidos, mas contraditórios, sobre o número e a disposição das raízes e poços sob a base do tronco de Yggdrasil.
De acordo com o poema Grímnismál , Yggdrasil tem três raízes principais: uma plantada em Midgard , o mundo da humanidade; um em Jotunheim , o mundo dos gigantes ; e um em Hel , o submundo. [12] Völuspá menciona apenas um poço abaixo da árvore: o Poço de Urd ( Urðarbrunnr , “Poço do Destino “). [13]
No entanto, Snorri Sturluson , em seu Prose Edda , afirma que existem na verdade três poços abaixo da árvore, um para cada uma de suas raízes. O Poço de Urd, de acordo com ele, não está abaixo de Yggdrasil, como está em Völuspá – está na verdade no céu, e a raiz que cresce fora dele se curva para cima no céu (!). O Well of Urd é onde os deuses realizam suas reuniões diárias de conselho. O segundo poço é chamado de Hvergelmir (talvez “Caldeirão Borbulhante” [14] ou “Chaleira Roaring” [15] ), e é o corpo de água abaixo da segunda raiz, que se estende até Niflheim , o mundo do gelo primordial. Essa é a raiz que Nidhogg mastiga. O terceiro poço é o do sábio ser Mimir, e ele e sua raiz estão no reino dos gigantes. [16]
Aqui, como em outros lugares, Snorri provavelmente está introduzindo uma sistematização artificial de sua própria invenção que não existia na Era Viking (Snorri escreveu séculos depois). No entanto, alguns dos elementos que ele inclui podem ter sido retirados de fontes legítimas que agora se perderam para nós. Por exemplo, Yggdrasil às vezes era chamado Mímameiðr , “Post de Mimir,” [17] o que demonstra que não era alguma ligação particular entre Mimir e a árvore – e certamente também o bem que é frequentemente mencionada em conexão com Mimir.
Mas e os próprios Nove Mundos? Como eles estão dispostos em torno de Yggdrasil? As fontes nórdicas antigas nunca nos dizem – e, por falar nisso, nunca nos dizem quais mundos compreendem os Nove em primeiro lugar. Dada a falta de sistematização ou codificação que caracteriza toda a mitologia e religião nórdica, e a tolerância para fluidez, ambigüidade e até mesmo contradição que isso implica, é duvidoso que jamais tenha existido um “mapa” ou imagem diagramática dos Nove Mundos e seus arranjo em que todos os nórdicos pagãos acreditavam. (Todas – todas – as imagens que você encontrará online são, na melhor das hipóteses, especulativas e não verificáveis.)
Não obstante, há algumas pistas nas fontes que podem nos permitir construir um esquema provisório e parcial de onde alguns dos Nove Mundos geralmente teriam sido localizados. Eles parecem ter sido dispostos ao longo de dois eixos, um vertical e outro horizontal. O eixo vertical corresponderia ao tronco de Yggdrasil, com Asgard nos galhos mais altos, Midgard no solo na base da árvore e Hel no subsolo entre as raízes da árvore. O eixo horizontal seria baseado na distinção que os Vikings faziam entre o interior e o utangard. Assim, Asgard estaria bem acima do tronco da árvore, Midgard ao redor do tronco (e, portanto, no “meio” em ambos os eixos) e Jotunheim cercaria Midgard e, portanto, estaria muito mais distante do tronco. Quanto aos outros mundos: quem sabe?
Em qualquer caso, podemos ver o quão vital para a cosmovisão nórdica Yggdrasil foi considerada pelo número de árvores terrestres que os vikings trataram como representações da grande árvore do mundo. Adam of Bremen descreve um lugar particularmente majestoso perto do Templo de Uppsala, na Suécia. Habitualmente, as fazendas eram projetadas em torno dessa árvore, tornando-as uma reprodução em miniatura do cosmos espiritual sagrado. [18]
Referências:
[1] The Poetic Edda. Völuspá, estrofe 47.
[2] Simek, Rudolf. 1993. Dicionário de Mitologia do Norte. Traduzido por Angela Hall. p. 375.
[3] The Poetic Edda. Völuspá, estrofes 19, 47; Grímnismál, estrofes 35, 44.
[4] The Poetic Edda. Fjölsvinnsmál, estrofes 19, 20.
[5] The Poetic Edda. Völuspá, estrofe 27.
[6] Ibid. Stanza 19.
[7] The Poetic Edda. Hávamál, estrofe 138.
[8] The Poetic Edda. Grímnismál, estrofes 29-30.
[9] Simek, Rudolf. 1993. Dicionário de Mitologia do Norte. Traduzido por Angela Hall. p. 261.
[10] Ibid. p. 375.
[11] Turville-Petre, EOG 1964. Mito e Religião do Norte: A Religião da Escandinávia Antiga. p. 279.
[12] The Poetic Edda. Grímnismál, estrofe 31.
[13] The Poetic Edda. Völuspá, estrofe 19.
[14] Simek, Rudolf. 1993. Dicionário de Mitologia do Norte. Traduzido por Angela Hall. p. 166
[15] Turville-Petre, EOG 1964. Mito e Religião do Norte: A Religião da Escandinávia Antiga. p. 279.
[16] Snorri Sturluson. The Prose Edda. Gylfaginning, capítulo 14.
[17] Turville-Petre, EOG 1964. Mito e Religião do Norte: A Religião da Escandinávia Antiga. p. 279.
[18] Simek, Rudolf. 1993. Dicionário de Mitologia do Norte. Traduzido por Angela Hall. p. 375-376.
Yggdrasil
A tradução mais satisfatória do nome Yggdrasil é ‘Cavalo de Odin’. Ygg é outro nome para Odin e drasill significa ‘cavalo’. No entanto, drasill também significa ‘caminhante’ ou ‘pioneiro’. Alguns estudiosos argumentariam que o nome significa ‘Odinwalker’. Em algumas partes do manuscrito, Yggdrasil e Odin parecem ser o mesmo.
Quando Odin ficou pendurado, com uma lança, por nove dias na Árvore do Mundo , ele pronunciou as palavras que havia ‘se sacrificado por si mesmo’. Esta estrofe nos dá uma descrição da unidade existente entre a Divindade e a Árvore nos mitos. Para enfatizar essa conexão, encontramos no inglês antigo a palavra treow, que significa árvore e verdade. Etimologicamente, então, verdade e árvore brotam da mesma raiz.
Pergunte e Embla: O Primeiro Homem e Mulher
Posteriormente, no mito da criação nórdica , o homem e a mulher se originaram das árvores. Somos todos filhos e filhas do Freixo e do Olmo: o primeiro homem se chamava Ask, nascido do Freixo, e a primeira mulher, Embla, nascida do Olmo.
Seu oxigênio nos oferece as condições primordiais para a vida. Ask e Embla brotaram das bolotas de Yggdrasil, e assim é que todo ser humano nasce do fruto de Yggdrasil, para ser colhido por duas cegonhas , que as trazem para suas futuras mamães. No folclore escandinavo, dizem que as crianças nascem através de nós nos troncos dos pinheiros, o que é outra versão do mesmo mito.
Odin cria Ask e Embla. Publicado em Gjellerup, Karl (1895). ‘Den ældre Eddas Gudesange’.
Artur Lundkvist é um dos maiores adoradores de árvores da literatura sueca. Após uma reflexão sobre árvores e florestas, ele escreve:
‘… em cada ser humano há uma árvore, e em cada árvore há um ser humano, eu sinto isso, a árvore maravilha dentro de um ser humano, e o ser humano está preso na árvore … Eu faço uma serenata para a floresta, a floresta mar é o segundo mar da terra, o mar em que o homem vagueia. As florestas trabalham em silêncio, cumprindo o poderoso trabalho da natureza; trabalhando com os ventos, limpando o ar, mitigando o clima, formando solo, preservando todos os nossos essenciais sem gastá-los. ‘
Trazendo uma mini versão de Yggdrasil para sua casa
As pessoas representaram Yggdrasil plantando o que foi chamado de ‘árvore de cuidado’, ou ‘árvore da guarda’, no centro da propriedade . Era uma versão em miniatura de Yggdrasil e um marco majestoso no pátio. A árvore de cuidado era uma expressão figurativa da interdependência do mundo que nos rodeia. Tinha uma alma que seguia a vida daqueles que cresceram à sua sombra e ramos.
Se a árvore de cuidado tivesse testemunhado o crescimento de muitas famílias, o relacionamento entre a árvore e a família teria se fortalecido; este relacionamento era conhecido por ser privado e confidencial dentro da linhagem familiar. Muitas dessas árvores de cuidado ainda podem ser vistas na Escandinávia. Diria-se que essa é a origem da árvore de Natal . Sem saber, trazemos a Árvore do Mundo para nossa casa a cada solstício de inverno .
O Yggdrasil de Prose Edda, 1847. Pintado por Oluf Olufsen Bagge.
A Fragilidade da Árvore do Mundo
Também entendemos, a partir das antigas escrituras de velino, que a Árvore do Mundo não é uma entidade transcendental além do tempo e do espaço; em vez disso, é vivo, orgânico, frágil e forte, e limitado pelas três dimensões do tempo : passado, presente e futuro.
A fragilidade de Yggdrasil é sempre uma preocupação dos deuses. Existe um dragão chamado ‘o Bane Biter’ que morde suas raízes mais profundas. Existem também outros animais que atacam a Árvore: quatro cervos se alimentam dos galhos e seus nomes são Dain, Dvalin, Duneyr e Duratro. Dain e Dvalin são descritos parecendo “como se estivessem mortos” ou “vivendo com indiferença, vivendo na névoa”.
Dois animais estão no telhado de Valhalla (a morada dos Deuses em Asgard): a cabra Heidrun e o veado Eiktyrner, e eles se alimentam dos galhos também – mas eles devolvem presentes para a Árvore. A cabra oferece hidromel e o veado derrama as águas de seus chifres nas raízes. Ambos vivem em equilíbrio com a Árvore.
Os quatro veados de Yggdrasill. Manuscrito islandês do século XVII .
As Norns protegem Yggdrasil
Três anciãs sábias conhecidas como Norns são as protetoras e guardiãs de Yggdrasil. As três Norns tecem um tear que representa o próprio tempo. Eles são retratados como Urd (passado), Verdandi (presente) e Skuld (futuro).
Todas as manhãs, das folhas de Yggdrasil, há um doce orvalho cintilante que enche o vale; este orvalho é a nossa memória de ontem. Antes que o sol evapore o orvalho, Urd coleta essa água-memória e a derrama em seu poço: o Poço da Memória. A água do orvalho é chamada de Aurr. No centro do poço de Urd estão dois cisnes sagrados , que formam um coração com seus longos pescoços quando se encaram, criando o símbolo da fertilidade do deus Frey (o deus do amor e da fertilidade). O amor surge deste poço sagrado. Se o passado for descartado, as memórias esquecidas, as raízes secarão.
Verdandi, que simboliza o presente, preside às flores na época da floração, onde se diz que a vida se manifesta. Skuld ajuda as flores a chegarem ao futuro. Curiosamente, o nome Skuld implica dívida, como se o futuro devesse algo ao trabalho do passado.
O trio Nornic de Urðr, Verðandi e Skuld sob a árvore do mundo. De Wägner, Wilhelm. 1882. ‘Nordisch-germanische Götter und Helden’.
A Árvore do Mundo está conectada com nossa própria criação, preservação e destruição. Ela nos ensina que as árvores estão ligadas ao destino do mundo. Cabe a nós cuidarmos do nosso passado, lembrarmos o que perdemos e também celebrar o mundo que floresce, o momento presente, enquanto almejamos um futuro possível.
Fonte: https://www.ancient-origins.net/
OS NOVE MUNDOS
Os nove mundos (nórdico antigo Níu Heimar) são as terras natais dos vários tipos de seres encontrados na cosmovisão pré-cristã dos nórdicos e de outros povos germânicos. Eles estão presos nos galhos e raízes da árvore do mundo Yggdrasil, embora nenhuma das fontes de nosso conhecimento atual da mitologia e religião nórdica descreva exatamente onde em e ao redor de Yggdrasil eles estão localizados. (Todas e quaisquer imagens modernas dos mundos organizados em torno de Yggdrasil são, por definição, especulativas e inverificáveis.)
A existência de “nove mundos” é mencionada de passagem em um poema da Edda Poética . [1] No entanto, nenhuma fonte fornece uma lista de exatamente quais mundos compreendem os nove. Com base nos tipos de seres encontrados na mitologia nórdica e na referência a suas terras natais em várias fontes literárias, no entanto, podemos compilar a seguinte reconstrução provisória:
Midgard , o mundo da humanidade
Asgard , o mundo da tribo Aesir de deuses e deusas
Vanaheim , o mundo da tribo Vanir de deuses e deusas
Jotunheim , o mundo dos gigantes
Niflheim , o mundo primordial de gelo
Muspelheim , o mundo primordial de fogo
Alfheim , o mundo dos elfos
Nidavellir / Svartalfheim , o mundo dos anões
Hel , o mundo da deusa homônima Hel e os mortos
Com exceção de Midgard, todos esses mundos são primariamente invisíveis, embora às vezes possam se manifestar em aspectos específicos do mundo visível. Por exemplo, Jotunheim se sobrepõe ao deserto físico, Hel com o túmulo (o “submundo” literal sob o solo) e Asgard com o céu.
Embora não saibamos qual era exatamente o significado espiritual ou mágico do número 9, está claro que esse número tinha tal significado para os povos germânicos pré-cristãos. O filólogo Rudolf Simek oferece o seguinte resumo:
… [N] ine é o número mítico das tribos germânicas. A documentação para o significado do número nove é encontrada tanto no mito quanto no culto. No auto-sacrifício de Odin, ele ficou pendurado por nove noites na árvore ventosa ( Hávamál ), há nove mundos em Niflhel ( Vafþrúðnismál 43), Heimdallr nasceu de nove mães ( Hyndluljóð 35), Freyr teve que esperar nove noites por seu casamento para Gerd ( Skírnismál 41), e oito noites (= nove dias?) era o tempo de noivado dado também no Þrymskviða . Os enfeites literários nos Eddas usam o número nove de forma semelhante: Skaði e Njörðrviveu alternadamente por nove dias em Nóatún e em Þrymheimr; a cada nove noites, oito anéis igualmente pesados gotejam do anel Draupnir; Menglöð tem nove donzelas para servi-la ( Fjólsvinnsmál 35ss.), E Ægir tinha o mesmo número de filhas. Thor pode dar nove passos no Ragnarök depois de sua batalha com a serpente Midgard antes de cair morto. Banquetes de sacrifício com duração de nove dias são mencionados tanto para Uppsala quanto para Lejre e, nesses casos, supostamente nove vítimas eram sacrificadas a cada dia.
Ele especula que a importância desse número poderia ser derivada dos 27 dias do calendário lunar sendo um múltiplo de nove. [2]
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Referências:
[1] The Poetic Edda. Völuspá, estrofe 2.
[2] Simek, Rudolf. 1993. Dicionário de Mitologia do Norte. Traduzido por Angela Hall. p. 232-233.
Sei que existe um freixo chamado Yggdrasil,
uma árvore alta, encharcada de argila brilhante;
daí vem o orvalho que cai no vale, sempre verde, fica sobre o poço do destino.
(Profecia da Vidente)
Tecelagem, fiação – como a fibra está enraizada nos mitos ao redor do mundo
Há uma longa história de fibra, fiação e tecelagem em nossa pequena quantidade de humanidade nesta terra. Não só foi usado para criar roupas, cordas e redes, como embelezou nossas paredes, tornou-se coberturas para nossas janelas, estofamento de nossos móveis, nos mantém aconchegantes à noite dentro e fora de casa, necessária para vários meios de transporte, até mesmo armaduras .
A melhor parte é ver como tantas semelhanças apareceram em culturas muito diferentes.
GREGO
- Athena – Deusa da arte, arquitetura, artesanato, fiação, cavalos, intelecto, bois, pureza, razão, ciência, guerra, tecelagem e sabedoria. Também associada a Minerva – Deusa Romana da fiação, tecelagem, cidades, indústria, guerra, sabedoria e artes. Ela competiu em uma competição de tecelagem com a mortal Arachne . Athena estava tão chateada com a arrogante e orgulhosa (embora tecnicamente sólida) Arachne e seu tema insultuoso retratado na tapeçaria que a transformou em uma aranha, para tecer para sempre e para sempre ter seus tecidos destruídos pelos humanos. Como outras deusas e divindades que mencionarei, a aranha / mulher-aranha / mulher tecelã aparentada com as aranhas aparece em todo o mundo em mitos do Egito, Grécia, Japão, tribos indígenas americanas.
- Anake – Deusa do destino, também conhecida como Necessitae. Embora ela não seja uma Deusa giratória, Platão teve uma visão dela girando o universo; Você pode imaginar isso? O sol, a lua e os planetas eram suas espirais de fuso; as sereias cantaram através das teias do tempo e do destino que ela teceu; enquanto todas as almas se moviam através dos fios de e para a morte / renascimento.
- Philomela – a filha de Pandion, um lendário rei de Atenas. O marido da irmã, Tereus, achou Filomela tão bonita que a estuprou, e depois cortou sua língua para que ela não pudesse contar sobre sua violação. Seu tear se torna sua voz, e a história é contada no desenho, para que sua irmã Procne possa entender e para que as mulheres possam se vingar. Leia com mais detalhes como o abuso e a censura de mulheres vêm ocorrendo por tanto tempo e como habilidades inteligentes podem contar a história … e ganhar vingança … a história da voz censurada
- Lina – Deusa da tecelagem de linho – difícil encontrar muito em Lina como um mito grego, exceto a afirmação de que ela é uma deusa da tecelagem. Há uma ligação de Lina com o mito germânico / saxão de Holda. O calvário de Lina faz referência a que ela * é * linho neste mito e é vista como a fêmea igual a John Barleycorn –
- Penelope – uma esposa humana e fiel de Odisseu. Penélope tem uma linhagem elevada que funde o humano e o divino, e talvez ela seja secretamente a própria deusa-ninfa tecedora de Odisseu, como as duas feiticeiras tecelãs da Odisséia, Circe e Calipso. Ela era uma tecelã, sempre tecendo seu desenho para uma mortalha durante o dia, mas desfazendo-o novamente à noite, para evitar que seus pretendentes a reclamassem durante os longos anos em que Odisseu esteve fora.
- Três destinos – também chamados de Moerae, Moirae ou Parcae ou Klothes – Fiadores do fio da vida. Deusas ctônicas que determinaram o início, sua vida predestinada e seu fim foram as personificações do destino. Filhas de Zeus e Themis (ou foram criadas pela deusa Nyx sem a intervenção do homem), mas na maioria dos mitos os destinos eram eternos e considerados juntos como mais poderosos do que a maioria dos Deuses. Nenhum outro deus tinha o direito ou os meios para alterar suas decisões. “Nenhum humano poderia culpar o destino ( Moirae), já que houve momentos em que ele foi o único responsável por seus fracassos. ” Há uma tríade de três mulheres como dietistas / matronas / bruxas nos mitos em várias regiões e podem ser encontradas nos contos gregos, romanos, eslavos, nórdicos, germânicos, no paganismo antigo e moderno e até mesmo em nossos filmes.
- Clotho “The Spinner” – Maiden – fiou o fio da vida
- Lachesis “lançador de lotes” – Matrona – mediu o fio da vida
- Átropos , ou Astropos “inflexível” – Anciã – corta o fio da vida
EGÍPCIO
- Ísis – professora de fiação, junto com leitura e agricultura. Ela é conhecida por muito mais, este pequeno detalhe sobre girar é inundado pela quantidade de seu envolvimento / habilidade.
- Neith – Deusa do artesanato, fiação, caça, guerra e sabedoria. Também chamado de Net ou Neit. Também visto às vezes como andrógino, sem gênero definido. Muito envolvida em várias histórias importantes, Nit é identificável por seus emblemas: na maioria das vezes é a lançadeira do tear, com seus dois ganchos reconhecíveis em cada extremidade, sobre sua cabeça e / ou um escudo com arcos cruzados. Confira aqui .
- legal factóide: De acordo com EA Wallis Budge ( Os Deuses dos Egípcios ), a raiz da palavra para tecer e também para ser é a mesma: nnt .
- Tayet – Deusa da fiação e da tecelagem, e patrona dos tecelões envolvidos na mumificação. Há divagações cujo nome deriva da palavra “mortalha”. Peep isso .
AMERICANO NATIVO –
- Mulher Aranha – Também conhecida como Velha Aranha ou Avó A mulher aranha é representada como uma poderosa professora ou ajudante em algumas histórias tribais e como uma malandra com inteligência e habilidade. Ela cantou o mundo à existência. Para muitos nativos americanos, é considerado azar matar uma aranha.
- Avó Aranha (Hopi) – A Avó Aranha é a benfeitora especial da tribo Hopi. Nos mitos da criação Hopi, a Avó Aranha criou os humanos a partir do barro (com a ajuda de Sotuknang e / ou Tawa), e também foi responsável por conduzi-los ao Quarto Mundo (a Terra atual). estrelas no céu; ela pegou uma teia que ela havia fiado, amarrou-a com orvalho, jogou-a para o céu e o orvalho se tornou as estrelas. Sua teia representa a matriz de nossa realidade e como estamos todos conectados. Isso também se relaciona com os apanhadores de sonhos .
- Mulher Aranha (Navajo) – A Mulher Aranha é uma das divindades mais importantes da religião Navajo tradicional. Ao contrário da Avó Aranha Hopi, a Mulher Aranha Navajo não é considerada a criadora dos humanos, mas ela é sua constante ajudante e benfeitora. A Mulher-Aranha foi a conselheira dos heróicos gêmeos Monster-Slayer e Born-for-Water, ensinou ao povo as artes da tecelagem e da agricultura e aparece em muitas lendas e contos populares para “salvar o dia”, proteger os inocentes e restaurar a harmonia Para o mundo.
BÁLTICO
- Saule – Deusa do sol do solstício, fiação e tecelagem do sol – A conexão do Báltico (Letônia e Lituânia) entre o sol e a fiação é tão antiga quanto os fusos da pedra do sol, âmbar, que é considerada uma substância mágica, que foi descoberta em túmulos. Alguns desses fusos apresentam sinais de uso, não apenas simbólicos. A família de Saule, Beiwe e Sol estão todos entrelaçados na tradição do sol na fiação, na época da colheita, nos movimentos do sol e da lua. Aqui está uma bênção diária:
- Saule, minha Deusa chorosa de âmbar criando luz como um fio. Como “Saules Mat” minha mãe sol, abençoando diariamente seu mundo agradecido com luz.
GERMÂNICO
- Holda – Deusa Teutônica (Frau Holda) de fiandeiros e tecelões que ensina, incentiva, inspira e recompensa os trabalhadores árduos. Portadora do inverno e referenciada como a Senhora Branca do Inverno e protetora das mulheres. Ela também reúne as almas presas de crianças que morreram antes de serem nomeadas, por isso não podiam deixar este plano. Também mencionada no conto “Fru Holda” dos Irmãos Grimm e credenciada como inspiradora (embora difamada e maligna) a bruxa em branco de neve (as plantas favoritas são maçã e linho), fazendo um fuso e uma roda de ferramentas do mal, e até mesmo a mãe Ganso. Gansos são sagrados para Holda, e alguns dizem que ela é a fonte desse personagem de contos de fadas. Sua história segue as histórias nórdicas de Frigg, Bertha e referências pagânicas às tradições do Natal. Outros nomes pelos quais ela é conhecida no folclore germânico e escandinavo, Holde ou Holle ou Hulda ou Huldra
JAPONÊS
- Amaterasu – Deusa que gira e tece o raio de sol é a divindade suprema e ancestral divina da Família Imperial Japonesa e como a deusa do sol, foi responsável por iluminar o mundo e por garantir a fertilidade dos campos de arroz. Amaterasu também era uma tecelã talentosa, com muitos atendentes que se juntaram a ela na tecelagem de cetins, sedas e brocados deslumbrantes pelos quais o Japão é legitimamente famoso. A lenda de Amaterasu nos leva ao espelho sagrado, joia e espada que, coletivamente, se tornaram os três Regalia Imperiais do Japão .
- Wakahiru – uma deusa da tecelagem que é a irmã mais nova de Amaterasu e em alguns contos Wakahiru é outro nome usado para representar Amaterasu. Ela é uma especialista em artesanato com agulhas e tecelagem, conhecida como a deusa do amanhecer e valoriza o artesanato feito à mão e as ferramentas do artesanato.
- Kamuhata Hime – Esta deusa representa o amor, as artes e os relacionamentos, e tece as estrelas juntas. A tecelagem de contos tem poderes mágicos que são utsuhata (tecidos perfeitamente) e nunca precisam ser cortados ou costurados. Boa coisa, porque as histórias dos soldados é que você NÃO PODE cortar as tecelagens de tate
ESLAVO
- Mokosh – Deusa da fiação, protetora das mulheres, de sua saúde e de seus filhos. Ela era uma protetora de ovelhas e lã e estava amarrada à água e à chuva. A referência próxima de seu nome à água ( mokar = molhado) fez com que a chuva fosse chamada de leite mokars. Seu papel também era semelhante ao do Sudjaje (o Destino) que dá e tira a vida, fiandeira do fio da vida, doadora da água da vida. Houve no século 16 uma conexão com a bruxa de conto de fadas russa Baba-Jaga . Também conhecido como Mokysha, Mokush . Mais tarde, ela evoluiu para: St Petka, Paraskeva-Piatnitsa – uma Deusa da fiação, da água, da fertilidade e da saúde com o casamento.
CELTIC / BRITISH
- Habetrot – Deusa da cura e da fiação – Spinning é um jargão pagão para lançar feitiços e girar a Roda do Ano. Ela pode ter sido uma Deusa da magia ou uma mãe / criadora sazonal. Habetrot é mais conhecida pelos poderes de cura de suas habilidades com a tecelagem de fibras. Todos os que usavam as roupas que ela teceu jamais adoeceriam.
- Brigid – santa celta e deusa da poesia, cura e ferreiro. Ela também é uma patrona de outras artes femininas – parteira, tinturaria, tecelagem e cerveja, e guardiã de crianças e animais de fazenda e patrona de viajantes, marinheiros e fugitivos. Também conhecido por ter 2 irmãs e ser uma “deusa tripla” e é uma divindade da água …
CHINÊS
- Chih Nu – Deusa da tecelagem – A filha do Imperador de Jade, ela passa o tempo todo tecendo lindos mantos de seda e roupas rendadas para a Hóstia Celestial. Ela também faz as melhores nuvens finas e sua tapeçaria das constelações é uma obra de arte. Sua história é baseada na lenda da garota tecelã e do vaqueiro . Existem muitas variáveis nesta história (aqui está uma e este esclarecimento explica as variáveis entre as regiões dentro e ao redor da China), mas todas parecem ser a história da gênese de um “dia dos namorados” chinês, por falta de um melhor exemplo. Também referenciado pelos nomes de Chih Nii, Chih Hii, Zhi Nu, Zhinü
NORTE
- Frigg – Deusa giratória que conhece o destino de todos os homens. A esposa de Odin e a rainha de Aesir. A única com permissão para se sentar no assento alto além de seu marido Odin. Como Deusa da tecelagem, ela era associada às nuvens tecidas e aos fios do destino, conhecidos como Wyrd na tradição nórdica. Na Escandinávia, a constelação de Orion’s Belt é conhecida como Frigga’s Distaff. Seu nome significa “amado”. Outras grafias deste nome de deusas incluem Frea, Fija, Friia, Frig e Friggja.
- Bertha – a deusa da fiação – perambulava pelo campo durante o solstício de inverno e a época natalina – era capaz de perceber se crianças pequenas e servos não estavam se comportando bem, não terminavam suas tarefas de fiar lã. Nomes comuns também Perchta, Behtra
- Norns, Nornir – os destinos nórdicos. Três deusas que tecem o Fio da Vida para todos os seres vivos, deuses, homens, gigantes e anões. Elas são três irmãs que moram perto do Poço de Urd, ao pé de Yggdrasil. Os nomes das três irmãs são Urd, Verdande e Skuld. Urd é a mais velha das irmãs e está associada ao passado. Verdande está associado ao presente e Skuld está associado a futuros possíveis. Mais frequentemente na mitologia nórdica, eles são associados com o que foi, o que é e o que poderia vir a ser. Atualmente, no entanto, a maioria dos mitologistas acredita que Urd significa Destino, referindo-se às ações que já ocorreram; Verdandi significa Tornar-se, referindo-se àquelas ações em processo de acontecer; e Skuld significa necessidade, referindo-se às ações necessárias que conduzem todo o processo
HAGIOGRAFIA CRISTÃ – (Hagiografia é uma biografia de um santo ou líder eclesiástico.)
A igreja cristã invadiu tantas regiões, Porque existem tantos “santos padroeiros” neste mito / religião coletiva.